Sílvio Santos chega a Aracaju

Pode-se dizer que muito. O gestor terá a responsabilidade de fazer o que muitos vêm tentando há muito tempo: estabelecer um diálogo entre as minorias e o Governo Federal. A Secretaria foi criada com o intuito de estabelecer um canal de interlocução com a sociedade civil, movimentos sociais, sindicatos e organizações não governamentais.

“Eu não tenho medo da adversidade”, declarou Sílvio ainda no aeroporto. O secretário disse que espera uma boa receptividade do seu trabalho, a exemplo da comoção que estava acontecendo no portão de desembarque: “esse é meu combustível. Receber a notícia de que seria secretário me trouxe muita alegria, já que vou ocupar um espaço importante”, explicou.

SECRETARIA – De acordo com o petista, a Secretaria Nacional de Articulação Social foi criada com o objetivo de estabelecer um diálogo com os setores populares. “Ela é fundamental na construção do Governo Federal e demonstra o compromisso do Governo Lula com a sociedade civil”, disse.

O que se espera com o novo órgão é que as relações entre o povo e o Governo sejam mediadas de forma efetiva. O principal ponto tocado por Santos é o favorecimento das minorias e a relação com esta parcela da população que “nos governos anteriores costumava ser excluída”.

Porém, Santos não acha que essa seja uma espécie de compensação do presidente para com os sindicalistas e outros representantes civis. Durante os primeiros anos de Governo, uma das principais reclamações da maioria das entidades representativas foi a falta de diálogo por parte do Governo Federal.

“Os movimentos continuarão a ter sua autonomia. Essa Secretaria não é um presente nem uma compensação. Além disso, temos que compreender que não é pelo fato de que o presidente eleito foi sindicalista que a sociedade civil pode sentar e esperar que os problemas se resolvam. Não vamos fazer favor, mas entrar em entendimento”, explicou Sílvio Santos.