Deputada desaprova métodos de avaliação de professores pelo Estado

Ana Lúcia

A deputada estadual Ana Lúcia (PT), pediu para que a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa interviesse no processo de regulamentação da avaliação de desempenho dos professores. Segundo ela, a publicação no Diário Oficial aconteceu no dia 5, porém, esta edição só circulou no dia 11.

 

Ana disse ter sido instituída uma gratificação denominada “Gravad”, que seria baseada “numa concepção extremamente autoritária que, através de dados de um questionário, transforma o desempenho do professor numa média aritmética para que o professor possa receber, anualmente, de R$ 0 a 900”, explicou.

 

Ainda para a parlamentar, a idéia teria sido retirada da época da ditadura militar, quando os professores eram avaliados por um supervisor escolar que utilizava critérios, considerados pela deputada, como subjetivos e ultrapassados.

 

GOVERNO – Segundo a coordenadora do Grupo do Comitê Gestor do Sistema, professora Isabel Siqueira, a iniciativa do governo não pretende prejudicar nenhum professor. Ela explicou que a gratificação faz parte do Sistema de Avaliação Periódica de Desempenho (Saped), instituído através da Lei 5.383 de 05 de julho de 2004. Isabel disse ainda que a iniciativa vai permitir a compreensão da estrutura educacional do Estado, para que dessa forma a Secretaria de Estado da Educação possa desenvolver ações mais precisas no sentido de melhorar a qualidade de ensino.  

 

“Esta é uma avaliação do sistema de educacional, da estrutura da educação no Estado. Estamos querendo é melhorar a qualidade de esino e valorizar o professor. A gratificação será dada uma vez por ano e ela pode variar de R$ 0,00 a R$ 900,00 e será composta de três fases o rendimento do professor, as condições de trabalho e uma auto-avaliação do docente sobre o seu dia a dia na escola, quais são as dificuldades e quais as condições em que ele desempenha as suas atividades”, explicou Isabel.

 

A coordenadora do Grupo do Comitê Gestor do Sistema acrescentou ainda que os gestores das escolas também serão avaliados. “O levantamento do banco de dados que a Secretaria, através desse Sistema de Avaliação, está realizando, vai permitir que a gente possa atuar sobre todos os problemas em benefício dos estudantes. Esse processo iniciou-se no final do ano passado com a avaliação de rendimento dos alunos. Está continuando a cumprir um cronograma estabelecido pela Seed”, informou a coordenadora.

 

Segundo o calendário, na segunda-feira a Secretaria estará trabalhando com os professores da capital, que responderão ao questionário da auto-avaliação e, na terça-feira, com os professores do interior. “Essa é a etapa final para que a gente possa começar a emitir os relatórios. O questionário é simples são 15 perguntas sobre o dia a dia do professor e cinco a respeito das condições de ensino. Nossa proposta é que as gratificações sejam pagas no final do mês de junho”, expôs Isabel, reafirmando mais uma vez que a intenção do governo estadual não é prejudicar nenhum professor e sim prezar pela qualidade de ensino e a valorização do docente.

 

Apesar disso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Síntese), que é partidário da opinião da deputada estadual Ana Lúcia Menezes, convocou uma Assembléia Geral em caráter de urgência para a tarde de ontem, no Cotinguiba Esporte Clube. O intuito foi discutir qual vai ser o posicionamento da categoria frente à gratificação. 

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