O que isso significa? Significa que antes, o menor salário base pago pela administração municipal – que era de R$282,00 – passa agora para R$310,02, ou seja, um aumento real de R$28,02 para o servidor que recebe esse valor, sem as gratificações e incorporações. “A situação é mais ou menos a seguinte: eu tenho dez reais no bolso e meu filho me pede onze. Como eu não tenho, ele vai começar a chorar, só que vai chorar a COMISSÃO – No último mês de março, uma comissão foi formada com o objetivo de analisar e estudar um possível reajuste para os servidores públicos de Aracaju. O grupo coletou as reivindicações de vários sindicatos e estudou o valor de correção dos salários sem ônus para a população. O resultado, 7%. O que parece pouco para os servidores, segundo o prefeito, pode gerar uma Isso significa que o servidor público ganha bem? Bom, a avaliação nesse ponto é feita de forma relativa pelo prefeito. Para a secretária de Educação do Município, Teresa Cristina, o professor aracajuano recebe um dos melhores salários do Brasil, “mas isso não significa que o professor brasileiro ganhe bem”. Do mesmo pensamento compartilha o gestor municipal: segundo ele, o salário mínimo é mínimo, mas não se pode negar que Aracaju paga além da média para seus servidores. Em uma tabela mostrada pelo prefeito e elaborada com base na aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal em várias capitais brasileiras, Aracaju aparece como uma cidade que Isso não significa exatamente que a PMA pague salários mais altos que Curitiba, cidade elegida por Déda como uma das que oferece mais qualidade de vida no Brasil, mas que, com base no que recebe da União, a porcentagem acima é aplicada no pagamento dos servidores. Trocando em miúdos, se Aracaju recebesse R$100,00 da União e Curitiba R$1.000,00, a segunda pagaria R$246,00, enquanto Aracaju pagaria R$53,29. Nesse caso, o ponto levantado por Déda é que Curitiba recebe muito mais dinheiro da União, enquanto Aracaju, menos, mas a PMA investe aquilo o que é possível em seus cerca de 12 mil servidores ativos e inativos. GREVE – Quanto à greve deflagrada pelos servidores da Educação do município, o prefeito explicou que o interesse da Prefeitura é buscar uma “política salarial que busque priorizar os servidores sem comprometer a própria população e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Engana-se quem pensa que a função do prefeito é apenas pagar salário”. Segundo Déda, após um estudo da comissão de avaliação, detectou-se que o primeiro índice de reajuste oferecido, 7%, era superior à inflação, que foi de 6,3%. “A categoria rejeitou esse valor e, mais uma vez, mostrando nossa boa-vontade, o prefeito ultrapassou aquele limite e decidimos chegar aos 10%. Se ultrapassássemos isso, não poderíamos pagar em dia aos servidores”, explicou. No fim, vigorou a palavra de Déda: “Estarei aberto para falar com os professores no momento em que eles desejarem, o que eu não posso é iludir os professores, dando mais do que eu tenho”. A proposta de aumento será enviada para a Câmara Municipal de Aracaju para ser votada em regime de urgência. O prefeito acredita que no dia 30 de maio, os salários já sejam pagos com o reajuste. Por Wilame Amorim Lima Da Redação do Portal InfoNet
O prefeito Marcelo Déda deixou seu gabinete e cruzou a rua, na praça Teófilo Dantas, com destino à Galeria de Artes Álvaro Santos, para noticiar algo que interessa a todos os servidores públicos do município, em especial aos da educação. Depois de explanar toda a conjuntura econômica na qual se encontra a cidade, Déda anunciou: 10% de reajuste.
Durante entrevista coletiva ocorrida na manhã de hoje, dia 13, Marcelo Déda explicou o porquê do valor, bem como comparou a percentagem gasta com folha de pagamento de pessoal em Aracaju com outras capitais. Depois disso, avaliou a decisão dos professores, que devem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. Ele foi categórico: “Não vou brincar de fazer joguinho de negociação”. Sim, o prefeito garantiu que este será o valor máximo que pode pagar neste momento.
vida inteira por uma situação que eu não posso resolver”, analisou. Segundo o gestor da municipalidade, 10% é o valor máximo que se pode pagar sem que haja prejuízo para o restante das Secretarias ou sem que se precise ferir a Responsabilidade Fiscal.
demanda muito grande para o município quando a conta é feita com todos os empregados da Prefeitura. No ano de 2000, Déda afirmou ter pago um valor de R$7.214.236,56 com pessoal. Em 2004, o valor teria saltado para R$16.875.557,75, ou seja, 133,92% a mais. Depois de muitas reivindicações, o percentual subiu para os atuais 10%.
investe 53,29% da Receita em despesas com pessoal. São Paulo aplica 39,17%; Salvador, 33,74% e Curitiba, 24,60%. O valor máximo é de 60%.
O problema é que a administração de Aracaju alega que não pode ultrapassar esse valor, gerando desconforto do lado dos trabalhadores. Para o gestor, ainda existem muito o que ser feito na cidade e seria imprudência destinar tudo à folha de pagamento. Inclusive, segundo ele, houve uma reunião com os secretários de todas as pastas para redefinirem a política de gastos justamente por causa dos 3% a mais oferecidos. 
Teresa Cristina: secretária de Educação do Município
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