Hospital justifica fim de atendimento pediátrico em Urgência

Paulo Barreto: crianças continuarão sendo atendidas na Urgência por outros especialistas
A direção do Hospital São Lucas convocou a imprensa, na tarde desta sexta-feira, para falar a respeito da decisão de suspender o atendimento pediátrico em sua emergência. Desde a quarta-feira, dia 18, os profissionais que trabalhavam atendendo na unidade, no Serviço de Urgência, resolveram suspender os atendimentos por conta, segundo eles, do Hospital ter rescindido o contrato com a Cooperativa dos Médicos Pediatras (Cooped).

 

Na coletiva, o superintendente do São Lucas, Paulo Barreto, justificou a medida informando que houve uma análise dos atendimentos que estavam sendo feitos na unidade e que foi constatado que os mesmos, em sua maioria, não eram de natureza grave ou urgente. “Nós tínhamos uma preponderância de casos ambulatoriais, que poderiam ser tratados em um ambiente menos crítico do que uma urgência emergência. Dessa maneira, nós resolvemos conversar com o grupo de pediatras para reestruturar o serviço para trabalhar numa unidade ambulatorial, que facilitasse o atendimento realmente de urgência e emergência para os casos críticos”, explicou.

 

Segundo Barreto, os médicos receberam um aviso prévio informando que as mudanças deveriam ocorrer dentro de 120 dias. “Inclusive oferecemos mais dois meses para eles, totalizando aí quase seis meses de conversa, para que pudéssemos estruturar um outro tipo de atendimento. Este documento foi entregue na terça-feira, às 15h30, e quando foi na quarta, às 7 da manhã, o atendimento foi suspendo subitamente. Então o prazo que nós havíamos combinado, e que era contratual de 120 dias, infelizmente foi por água abaixo”, lamentou. O representante do São Lucas também garantiu que as crianças que precisarem de atendimento de urgência continuarão sendo recebidas.

 

“Elas serão atendidas pelos outros especialistas, como sempre foram. Nós temos na Urgência dois clínicos, um cardiologistas, um ortopedista e um cirurgião. Todas as crianças que chegarem e, sobretudo, aquelas que chegarem nestas especialidades, serão atendidas normalmente. Com isso nós só estamos evitando os casos de consulta para privilegiar o paciente que realmente necessita da assistência complexa da urgência. Em verdade, o que a gente quer é prover um atendimento mais seguro e mais atento ao paciente que realmente precisam desse atendimento”, justifica.

 

Na manhã de hoje aconteceu uma reunião com representantes da Cooped, do Conselho Regional de Medicina, da Unimed e da direção do Hospital São Lucas. Mas não houve acordo sobre o retorno dos pediatras para a Urgência da unidade. Por conta disso, os especialistas em Pediatria não vão prestar mais atendimento no local e, por não cumprirem o aviso prévio de 120 dias, vão pagar uma multa por rescisão contratual. Segundo representantes da categoria, a escolha por esta alternativa foi tomada pela maioria dos médicos, que não enxergavam a viabilidade de se manter os plantões em um serviço que iria ser suspenso.

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