Trabalhadores da Construção Civil param atividades

Os trabalhadores da construção civil resolveram paralisar suas atividades. Depois de algumas negociações com a classe patronal, esta já apresentou três propostas, segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Contrução Civil de Sergipe, Valdir Pinto. No dia de hoje, pedreiros, serventes, eletricistas, dentre outros, reuniram-se na avenida Augusto Franco, em frente ao canteiro de obras de uma empresa de construção civil para discutir a situação.

Na pauta de reivindicações dos trabalhadores, estão o reajuste salarial, o fim do contrato de experiência, um auxilio-alimentação de R$ 100 e café da manhã, servido nos canteiros de obras. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Jaime Umbelino de Souza, eles têm sofrido com o baixo salário e a precariedade dos direitos sociais.

“A nossa perda salarial é de R$ 200, comparado a outros Estados, a exemplo de Alagoas. Enquanto aqui o piso é de R$ 418, lá varia de R$ 580 a R$ 720. Além disso, Sergipe tem o metro quadrado mais caro do país. Então é o seguinte: aqui, que é mais caro, o salário é menor. Onde o metro quadrado é mais barato, o salário é bem maior”, compara Souza.

O presidente do Sindicato explica que, com relação ao aumento de salário, os trabalhadores estão reivindicando 14,28% de reajuste. Já a respeito do contratos de experiência, ele diz que a cada dois meses, cerca de 2 mil funcionários são demitidos. Isso porque, segundo ele, os empresários se valem do prazo de experiência para contratar trabalhadores sem pagar direitos trabalhistas.

“Se São Paulo e Salvador pararam, porque aqui em Aracaju nós não iríamos parar? Estamos mobilizando a categoria. Já estamos arrumando transporte para buscar o pessoal nos canteiros de obras do Jardins, 13 de Julho e nos municípios de Carmópolis e Laranjeiras. Continuaremos aqui e permaneceremos juntos, pois assim seremos vitoriosos”, concluiu Souza, que informou ainda que os trabalhadores permanecerão na avenida até às 12 horas, horário em que partirão, em caminhada, rumo ao centro de Aracaju.  

EMPRESAS – Para o Sindicato da Indústria da Contrução Civil de Sergipe, não faz sentido os trabalhadores paralisarem suas atividades, já que as partes estão em processo de negociação da pauta de rivindicação. “Nós estamos negociando com eles. Essa greve é ilegal. Já apresentamos três propostas e nenhuma foi aceita, a última foi de 9,09%”, declarou o vice-presidente da entidade, Valdir Pinto, acrescentando que irá comprovar a ilegalidade da greve.

Sobre a colocação dos trabalhadores de que as empresas estariam se valendo do contrato de experiência para não pagarem direitos trabalhistas, o vice-presidente rebate afirmando que esse tipo de contrato é legal. “A lei permite. O contrato dá direiro à empresa de contratar funcionários por 30,60 até 90 dias. Se nós temos uma obra que vai durar dois meses contratamos os trabalhadores e quando a obra é finalizada dispensamos os trabalhadores. Contudo, isso só acontece na primeira vez que o funcionário é contratado pela empresa. Se ele já foi funcionário anteriormente, esse tipo de contrato não é feito”, explicou Pinto.

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