VamuNessa: “Tentamos fazer uma coisa diferente”

No começo era apenas um site de fotos e de cobertura de festas, hoje, é praticamente um portal voltado para o público jovem. O site VamuNessa foi criado há cerca de dois anos. Na época, apenas duas pessoas estavam envolvidas na dinâmica da página. Hoje, com a entrada de dois estudantes de Administração e de um de Direito, a página pode ser comparada a uma pequena empresa.

 

“Tentamos fazer uma coisa diferente do restante dos sites desse tipo em Aracaju”, explica Fabrício Barreto, 22, estudante de Administração. Por diferente, Fabrício se refere a uma nítida divisão de tarefas entre os participantes do projeto do VamuNessa, além da inclusão do sentido de profissionalismo e diversidade.

 

O site, hoje, contém colunas relacionadas a vários assuntos, como “On the Spot”, relacionada ao mundo dos jogos; “Coluna X”; “Viva o amor” e uma seção voltada para o turismo, produzida por alunas do curso de Turismo da Universidade Tiradentes (Unit).

 

Porém, quando o projeto começou, não se imaginava que ele iria tomar a proporção que tem hoje: “Nossa intenção era fazer um site voltado para a galera conhecida mesmo, fazendo fotos de festas de pessoas conhecidas, mas acabamos nos tornando conhecido e expandimos nossa atuação”, explica Derivaldo Andrade, 25, estudante de Administração.

 

Porém, mesmo com tantos pontos positivos, ainda existem dificuldades que giram em tono do negócio. “Ninguém no Estado vive somente de sites de festa. Todo o dinheiro que ganhamos é reinvestido em equipamento, que ainda custa caro. Na verdade, o VamuNessa tem sido uma escola para todos nós. Acabamos aplicando o que aprendemos na Universidade na organização da empresa”, esclarece Fabrício.

 

Outro grande problema é a quantidade de não-profissionais que vêm entrando no segmento de fotografia em festas apenas “para curtirem os eventos sem pagar nada. Isso acaba destruindo a imagem de quem procura fazer algo legal”, diz Aroaldo Souza Júnior, 18, estudante de Direito.

 

“Em São Paulo, existe o ‘Pida’, um site que trabalha desde a impressão dos convites até a cobertura fotográfica. Nossa intenção era fazer um trabalho profissional como é feito lá, mas eles têm estrutura, são sérios, o mercado é diferente”, lamenta Fabrício. O principal, para eles, é que o trabalho seja profissionalizado de forma a acabar com os charlatães. “Hoje, temos mais de 20 sites de fotos em Sergipe. Metade desses só vai para os eventos com o intuito de se divertirem”, explica Derivaldo.

 

Outro problema que os garoto enfrentam é o do cuidado com o equipamento. Segundo eles, duas câmeras fotográficas já foram roubadas dentro de dois grandes eventos da capital. Apesar de causar prejuízo, essa é uma das causas que ainda impulsiona o segmento: “ninguém quer levar máquina para festa e ser roubado”, diz Fabrício.

 

Além de servir como uma central de fotografias, o VamuNessa ainda serve como base de encontros: muitas pessoas fotografadas entram no site apenas para utilizarem o mural e marcarem encontros. Outras ainda dão o endereço do VamuNessa para os ‘paqueras’, esperando que estes visitem e vejam, a foto tirada durante a festa.

 

No fim, o trabalho acaba sendo gratificante para os cinco. Eles dizem que quando enxergam o reconhecimento das pessoas na rua quanto ao trabalho executado, têm vontade de continuarem mantendo o site no ar.

 

“Muita gente participa. Outro dia colocamos um quizz no ar e tivemos muitos acessos. Além disso, as pessoas nos procuram através do e-mail de contato para elogiarem o site e o nosso trabalho. Isso acaba nos motivando”, fala Derivaldo.

 

Para continuarem realizando um bom trabalho, eles têm em mente que apesar de trabalharem no meio de uma festa, devem assumir um comportamento profissional, evitando a ingestão de bebidas alcoólicas ou atos que possam prejudicar a imagem do site. Apesar disso, um dos fotógrafos conheceu a atual namorada em um show. ‘Acontece, nem sempre dá pra evitar”, brinca Fabrício.

 

Outra medida pela qual eles continuam lutando é pela implantação de uma Associação de Sites que possa proteger e agregar aqueles que desejam realizar um trabalho sério. “Apesar disso, muita gente ainda não acredita nisso por causa das dificuldades que o mercado ainda oferece. É quase impossível sobreviver disso em Aracaju”, lamenta Fabrício.

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