Greve dos servidores das universidades federais continua

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) continuam em greve e ao que tudo indica sem data para retomarem suas atividades. Segundo um dos integrantes do comando local de greve, Messias de Jesus, as negociações com o governo federal estão interrompidas desde o dia 5 de setembro.

No último fim de semana caravanas de todo o país foram a Brasília e montaram um acampamento em frente ao Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de tentar reabrir as negociações. “Conseguimos uma audiência entre o Ministério e o Comando Nacional de Greve dos Servidores para quarta-feira, mas até o momento as negociações permanecem fechadas”, relatou Messias.

De acordo com o integrante do comando local, o diálogo entre governo e servidores foi interrompido logo após a recusa por parte dos grevistas de uma proposta apresentada pelo Poder Executivo. “No dia 30 de agosto o governo federal apresentou uma proposta para os servidores. Contudo, uma assembléia geral realizada no dia 5 de setembro recusou-a”, explicou o representante do Comando Local.

Messias acrescentou que uma comissão parlamentar composta por cinco deputados está trabalhando no sentido de restabelecer a interlocução entre o governo e os grevistas. Os cinco parlamentares são: Gilmar Machado (PT-MG), Fátima Bezerra (PT-RN), Iara Bernardi (PT-SP), Wasny de Roure (PT-DF) e Alice Portugal (PCdoB-BA). Tal iniciativa já está gerando frutos, dentre eles os grevistas conseguiram uma reunião com membros da comissão orçamentária e outra com lideranças do governo.

AVALIAÇÃO – Entrando em seu 46º dia a greve dos servidores segue a diante. A avaliação do comando local é de que a mobilização é boa e que o movimento mantêm-se forte e coeso. Das 46 universidades federais existentes no Brasil, 40 estão com seus servidores técnico-administrativos em greve. Em Sergipe 80% dos serviços executados pela categoria estão paralisados de acordo com as informações do comando local de greve.

“Existem alguns serviços que não podem ser paralizados, pois são essenciais tais como a segurança do campus, os cuidado com os animais no biotério, os atendimentos do hospital universitário que não podem ser interrompidos como o tratamento de diabetes e o teste do pezinho que só é feito no HU”, explica Messias.

Todas as terças-feiras os grevistas têm realizados assembléias no auditório da reitoria para avaliar o andamento do movimento. Até o momento o único contra-tempo, por assim dizer, é a suspensão da negociações que eles esperam que sejam retomadas na reunião marcada para esta quarta-feira.    

REIVINDICAÇÃO – O principal ponto de pauta dos servidores é referente ao Plano de Carreira conquistado pela categoria durante a greve de 2004. “O plano foi feito para ser realizado em duas etapas. A primeira, que era o enquadramento dos servidores no plano tendo como base o tempo de carreira, foi implementada em março deste ano. A segundo trata-se do ajuste dos níveis de capacitação e incentivo de qualificação e deve ser implementada em janeiro de 2006”, comentou Messias.

Ele explica ainda que a questão é que para a implementação deste última etapa é necessário uma reserva de orçamento e isto tem que ser feito agora, pois os recursos tem que ser incorporados na Lei Orçamentária para 2006 que deve ser aprovado no fim deste ano. Além disso, consta na pauta de reivindicação dos servidores mudança na estrutura da tabela do Plano de Cargos, auxílio à saúde e reajuste do vale alimentação.

Por Alice Thomaz
Da Redação do Portal InfoNet

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