João Alves levou para o programa fotos do que restou do povoado Cabeço, em Brejo Grande (SE), que em 1997 foi invadido pelo mar. E falou também que este ano o problema voltou a acontecer, deixando desabrigadas famílias do povoado Costinha, no mesmo município. “É uma prova concreta que o rio São Francisco não avança mais no mar, como antigamente. Hoje, é possível pescar peixes do mar a 150 quilômetros da foz”, disse João Alves a Jô. O governador lembrou ainda que o rio São Francisco é responsável por 60% do abastecimento de água de Aracaju. Sobre o projeto de transposição, João Alves disse que é “ecologicamente criminoso e tecnicamente errado”. Ele falou que a alegação do governo federal, que o projeto servirá para levar água para o consumo humano, é falsa. “Sabemos que 90% do projeto é para irrigação”, garantiu o governador. Ele disse que o impasse está gerando uma crise entre irmãos nordestinos e que existem soluções mais simples, eficientes e baratas que a transposição. Uma delas seria o equacionamento hídrico de recursos, a exemplo do que foi feito na China. “A curto e médio prazo, deveriam ser feitas a revitalização do rio, uma adutora que levasse água para Campina Grande, na Paraíba, e o aproveitamento de açudes no Ceará. A médio e longo prazo, a transposição, mas de uma forma pactuada e discutida”, sugeriu João Alves. Por Janaina Cruz Da Redação do Portal InfoNet
O governador de Sergipe, João Alves Filho, foi entrevistado ontem no Programa do Jô, na TV Globo, sobre a transposição do rio São Francisco e não deu brechas às interrupções e gracinhas típicas do apresentador. Jô Soares ouviu com atenção todos os argumentos do governador sobre o assunto e ainda soltou: “o tempo está estourado, mas o assunto é tão fascinante”.
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