Continua Cynthia Alves: “Em nenhum momento esses fatos chegaram perto de onde moro, quase todos ocorreram em bairros que os franceses chamada de ‘quartier difficile’, ou seja, bairros onde o índice de desempregados é maior e onde moram a maioria dos imigrantes ilegais.
Para os parisienses, esse é um problema antigo que as autoridades não deram importância até que esses jovens, que se sentem excluídos e marginalizados pela sociedade francesa, resolveram, de uma forma irresponsável chamar a atenção para os problemas que eles enfrentam diariamente os principais, são sem dúvida alguma, o desemprego e o racismo.
Queimando ônibus, escolas e estabelecimentos comerciais, eles não só conseguiram a atenção do governo francês, mas também do mundo inteiro. Medidas de urgências foram tomadas, a União Européia já deu dinheiro para ajudar a França a resolver essa situação, já estão sendo criados novos postos de trabalho nessas zonas mais delicadas, há mais de três semanas policiais fazem ronda pelos bairros durante toda a madrugada e muitas outras formas para que tudo volte ao normal e que a França volte às manchetes internacionais somente com imagens deslumbrantes da Torre Eiffel”.
Por Ivan Valença