Para evitar o turismo sexual de crianças e adolescentes durante festas populares, a partir de março serão iniciadas as ações do Código de Conduta Ética do Turismo para o Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes no Estado de Sergipe. Assim, o Estado passa a ser o terceiro do Nordeste a contar com uma rede oficial de proteção ao jovem vítima do abuso e exploração sexual. As ações serão coordenadas pela Secretaria Estadual de Turismo. Os profissionais de turismo devem receber informações sendo conscientizados e capacitados sobre o assunto. A iniciativa tem o apoio do Projeto de Enfrentamento à Violência Contra Crianças e Adolescentes: Abuso e Exploração Sexual (Libertar), desenvolvido pela Secretaria de Estado do Combate à Pobreza. De acordo com o Libertar, Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Lagarto, Itabaiana e Itaporanga D’Ajuda são os municípios com maiores índices de turismo sexual infanto-juvenil no Estado, sendo 90% das vítimas do sexo feminino. O programa Sentinela, em Aracaju, atende a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual na capital e é o responsável pelas ações de enfrentamento e atendimento aos casos de exploração sexual infanto-juvenil. Em agosto, deve ser implementado em aproximadamente mil municípios brasileiros um sistema único de registro para melhorar as informações sobre os casos de abuso. De acordo com a coordenação nacional do Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil (Pair), ligado ao Ministério do Desenvolvimento Social, o sistema abrange qualquer tipo de violência contra criança e adolescente: física, psicológica, negligência, abuso sexual, exploração sexual para fins comerciais, tráfico para fins de exploração sexual e pedofilia.
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