A Dra. Daisy Kusztra, presidente da Organização Mundial da Família (OMF) passou a semana em Aracaju. Foi ela quem anunciou, há algum tempo atrás, um projeto denominado de Via Rápida, que iria investir 470 milhões de dólares em projetos visando o desenvolvimento do estado.
O governador João Alves Filho chegou a mandar um projeto de lei introduzindo no Orçamento do Estado a importância de 115 milhões de dólares para executar alguns destes projetos. Mas, foi ela quem, ainda no período eleitoral, disse que se o governador João Alves não fosse reeleito, o programa do Via Rápido seria suspenso, não teria continuidade.
O repórter quis saber, então, de d. Daisy – já que vai haver alternância de poder, com a vitória do ex-prefeito Marcelo Déda – se o Via Rápida acaba aí. “Ainda não, João Alves é governador até 31 de dezembro e o Brasil ainda está em período eleitoral, com as eleições presidenciais em segundo turno. De qualquer forma, estamos atendendo a um pedido do governo federal para que não se investisse um centavo de dólar no Estad, para evitar exploração eleitoral. Foi um pedido incoerente e anti-ético, até democrático, mas foi apresentado oficialmente e a minha entidade resolveu esperar passar o período eleitoral”.
D. Deisy Kursztra disse que não havia necessidade de se mandar projeto para a Assembléia, visando incluir verbas no orçamento do Estado. “Não era necessária essa providência”.
Quando argumentada se aceitaria continuar a discutir com o novo governo o projeto da Organização Mundial da Família? Ela respondeu: “Nesse momento eu não aceitaria. Mas minha organização precisa conhecer os projetos do novo governo, para ver se eles se adaptam aos projetos da OMF e aí então reiniciamos as negociações. Há a necessidade também de o governador eleito demonstrar interesse pelo programa”.
Ela garante que a mudança do titular da Secretaria Geral da ONU, em dezembro próximo, não afeta o programa. “Não muda absolutamente nada”. Por fim, ela disse que se não tivesse ocorrido o pedido do governo federal para retardar o investimento do Via Rápida, muitos projetos já estariam em fase adiantada. “E eu lhes asseguro que Sergipe seria um dos Estados mais ricos do País”, finalizou.
Por Ivan Valença