Após as demissões de ontem, cinco ex-funcionárias da Azaléia foram à Assembléia Legislativa, acompanhadas dos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil (Sindtêxtil). Os vereadores e a prefeita de Itaporanga, Gracinha, também foram à casa para requisitar o apoio dos deputados contra as demissões. Os 234 funcionários continuam trabalhando até o dia 21 de dezembro, quando recebem a recisão dos contratos.
As cinco representantes já haviam sido demitidas antes dos acontecimentos de ontem, e todas estão com lesões por esforços repetitivos (LER). “Eu fui demitida no mesmo dia em que voltei da licença, do INSS”, diz Valdirene França, 31 anos. Segundo as ex-funcionárias a fábrica passou por cima de direitos trabalhistas, e não proporciona acompanhamento médico adequado aos funcionários.
No início a fábrica atuava com 1.050 funcionários, depois o número baixou para 800, e até ontem contava com 280. Com a demissão de 234 funcionários, só restaram alguns setores de Recursos Humanos e funcionários de almoxarifado. Uma das soluções visualizadas para não efetivar essas demissões é a proposta de férias coletivas.
A Azaléia tem unidades em Ribeirópolis, Frei Paulo, Carira e Lagarto, com o nome de Espana Calçados. Os funcionários dessas unidades entrarão de férias coletivas por 16 dias no próximo mês. “Por que não podem fazer o mesmo conosco ou até mesmo relocar 45 funcionários para cada unidade”, questiona Valdirene.
A prefeita de Itaporanga, Maria das Graças Garcez (Gracinha), diz que pedirá apoio ao governador.
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O presidente do Sindtêxtil, Gizeldo Santos, levou até a Assembléia a proposta de criação de uma comissão para conversar com o governador atual e o eleito sobre as providências a serem tomadas. “Quando a ‘Volks’ ameaçou demitir seus funcionários em São Paulo, os parlamentares intervieram e acharam uma solução. Poderíamos arranjar uma alternativa para a fábrica de Itaporanga também”, avaliou Gizeldo.
Deputada Ana Lucia conversa com parlamentares |