Estão reunidos neste momento no Ministério Público do Estado de Sergipe gestores estaduais e municipais de hospitais públicos, além de entidades sindicais e representantes dos profissionais de saúde. A pauta do encontro é a situação atual do Hospital Governador João Alves Filho (HGJAF), que foi visitado pelo governador Marcelo Déda (PT) em sua primeira semana no cargo.
O governador, juntamente com o secretário de Saúde do Estado, foi até o hospital em sua primeira semana como gestor e detectou diversos problemas, definindo a resolução de questões relacionadas ao HGJAF como uma das prioridades da administração estadual.
A reunião do MP está sendo coordenada pela promotora de Justiça Euza Missano, que já afirmou que a situação do estabelecimento de saúde é crônica. “Os problemas já não são de urgência, nem emergência. Eles já estão em situação crônica”, disse. Euza afirmou que o objetivo do encontro desta segunda-feira não é resolver as questões “de uma hora para outra”, mas buscar soluções, mesmo que não sejam imediatas.
Já o coordenador dos hospitais públicos estaduais, Gilberto dos Santos, declarou que desde quando a administração atual do Hospital João Alves assumiu a casa, esta já é a segunda reunião. “A nossa principal finalidade é pedir um apoio para melhorar o atendimento no hospital. Estamos expondo as dificuldades e queremos a satisfação dos pacientes. Iniciamos um diagnóstico sobre a situação atual e queremos soluções”, enfatizou o coordenador.
Gilberto substituiu o diretor do HGJAF na reunião, por este estar viajando com o secretário de Saúde do Estado. Entre as questões debatidas no MP estão o gerenciamento do hospital por uma empresa que teria adquirido para tal R$ 4 milhões do Estado em 2006 e a gestão de medicamentos, verificando lotes de remédios que acabam vencidos sem uso.
De acordo com uma funcionária do hospital, que gerencia a Farmácia do Pronto-Socorro, no estabelecimento há 14 farmacêuticos, mas no almoxarifado, que precisa de um controle de medicamentos, não existe um profissional da área.
A promotora Euza Missano ressaltou que no próximo dia 22 haverá outra reunião, desta vez com a participação da diretoria do Hospital e do secretário de Saúde do Estado Rogério Carvalho. Além disso, ainda segundo a promotora, serão feitas audiências com as categorias segmentadas (enfermeiras, auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e radiologia, dentre outros) para tentar resolver problemas específicos.
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