Taxistas reivindicam eliminação do desconto

Elias Donato – ponto de táxi com desconto
Mesmo com a aprovação do aumento em torno do reivindicado (22,73%), os taxistas da cidade permanecem, em sua maioria, insatisfeitos com as decisões tomadas por parte da SMTT e do Sintax. Segundo os profissionais, o reajuste, além de defasado, não irá trazer grandes mudanças, já que o desconto continuará e a tendência é aumentar satisfazendo o usuário. 

Compartilhando da mesma idéia os taxistas concordam que o aumento não trará maiores benefícios. Para os taxistas que trabalham em companhias de rádiotáxis e que oferecem descontos para os passageiros, a melhor solução seria a extinção do desconto. “Eu preferiria que tirasse o desconto ao invés de aumentar a tarifa. A tendência é que o desconto também aumente e fica na mesma”, reclama o taxista José de Oliveira. 

Já para os taxistas que não trabalham com o desconto de 18,18% o aumento foi satisfatório, embora muito deles não soubessem do resultado da reunião. “Excelente então. Já deveria ter feito isso. Já estava ultrapassado”, comenta Vicente Luiz Santos Andrade. 

Com a decisão do reajuste a tarifa passa a custar, a partir de 15 de fevereiro, R$ 2,20, para quem trabalha com desconto, e R$ 2,70 para quem não abate no taxímetro os 18,18%.

Unanimidade

Mas o que todos concordam é que a política para o transporte particular deveria ser outra. “Deveria ficar uma bandeirada só. Prejudica todo mundo, inclusive os que trabalham em empresas”, ressalta Vicente Luiz.  Ainda segundo ele, os aumentos são projetados de acordo com o interesse das empresas de táxis. “Esses aumentos são para as empresas tirarem proveito dos que não são de empresas”, explica ele, que acredita ficar em desvantagem por causa do desconto. 

O desconto beneficia apenas o usuário, na opinião de todos os taxistas, independente de sua categoria. A reivindicação deles é que a concorrência pudesse ser direta entre toda a classe. Com a permanência do desconto o usuário dá preferência a quem o oferece, prejudicando os que não dispõem dele. Já para os que trabalham com o desconto, embora haja maior freqüência no transporte de passageiros, o saldo acaba sendo insatisfatório.

Sindicato

Segundo o presidente do Sintax, João Barbosa, o pedido de reajuste em 30% foi dado entrada no dia 7 de janeiro, período no qual geralmente se fazem os acordos de reajuste. Como representante da categoria, Barbosa avaliou o resultado dos 22,73% dados pela SMTT, como satisfatório. “Foi satisfatório para a categoria. Não foi aquilo que se esperava, mas deu pra satisfazer a todos”, afirmou o presidente, contrariamente à opinião dos taxistas. 

Com o aumento, a expectativa é que haja renovação da frota e que assim os taxitas possam atender da melhor maneira o usuário. O reajuste será cobrado a partir do dia 15 de fevereiro, e por um longo prazo, já que as aferições se dão conforme a placa do veículo. Estará disponível nos carros a tabela com os novos valores auxiliando o motorista e o passageiro.  

No limite

“Para o taxista não é bom. A gente só trabalha no limite”, diz o taxista Elias Donato, que faz um balanço do que gasta com o que recebe. O aumento não trouxe muita animação à classe devido à defasagem de quatro anos. “Pra gente não foi um aumento adequado. Nesses quatro anos teve aumento de gás natural, pneu, gasolina, óleo”, lamenta Donato. 

Para o taxista Edvaldo Pofírio de Jesus, o aumento não deveria ter acontecido. “Por mim não dava aumento porque se tivesse ruim não tinha desconto”, explica com ironia. 

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