Os conselheiros estaduais de Alimentação Escolar julgaram irregular a prestação de contas da Secretaria de Estado da Educação (Seed) com relação a utilização dos recursos do FNDE no ano de 2006.
Segundo Carlos Sérgio Lobão, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Em educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) e representante dos educadores no CAE a decisão foi baseada nas denúncias sobre o desvio de 123 toneladas de carne bovina tipo bife e músculo e também dos indícios de superfaturamento na compra dos gêneros alimentícios que compõem o cardápio da merenda nas escolas públicas estaduais.
“Não poderíamos considerar correta uma prestação de contas onde pairam tantas suspeitas”, apontou Carlos Sérgio. Junto ao parecer o CAE enviou para o FNDE um dossiê contendo relatos, matérias jornalísticas e depoimentos que mostram as irregularidades cometidas na Seed pela gestão anterior. “Enviamos o dossiê seguindo a orientação do presidente do FNDE, Daniel Silva Balaban”, completou o conselheiro.
Os conselheiros que representam os educadores no CAE disseram também que a Secretaria de Educação ainda não disponibilizou o relatório da sindicância feita pela Seed e os processos completos das compras referentes aos programas de alimentação escolar.
“É preciso que o CAE tenha acesso também a estes documentos, afinal a publicidade dos atos da administração pública está prevista na Constituição e as nossas solicitações estão diretamente ligadas às denúncias”, apontou Ivonete Alves Cruz, segunda representante do Magistério no CAE.