Depois que um incêndio destruiu a loja Pisolar a sociedade parece estar despertando para a segurança com relação a incêndios. Ontem, 13, durante reunião da diretoria da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), o assunto foi tema de debate. O incêndio custou aos proprietários da Pisolar um prejuízo de R$ 6 milhões. Mostrou também a fragilidade do Corpo de Bombeiros, que não está preparado tecnicamente.
As mangueiras furadas não impediram que os bombeiros jogassem água nas latas de tintas que pegavam fogo, quando isto é absolutamente proibido de se fazer. Bastava um simples extintor de incêndio, desses que se encontra em qualquer carro, para combater as chamas, mas os bombeiros não tinham extintores, nem machadinhas para abrir as portas e até caminhões pipas. Ou seja, o Corpo de Bombeiros está sucateado. Não fosse a equipe de incêndios da Infraero e da Petrobras o desastre seria maior.
A Acese deve convidar o Comandante do Corpo de Bombeiros para, numa de suas reuniões, relatar as dificuldades porque passa a corporação. O convite vai ser feito e se ele aceitar na próxima semana estará lá para explicar tudo direitinho.
Na Assembléia Legislativa foi aprovado requerimento do deputado Gilmar Carvalho convidando o Coronel Reginaldo Santos Moura, Comandante do Corpo de Bombeiros, para prestar esclarecimentos em plenário sobre a situação estrutural da unidade militar. Um outro requerimento, também do mesmo deputado, foi aprovado, solicitando ao secretário da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, relatório com todo o valor arrecadado desde a aprovação da Taxa Anual de Segurança Contra Incêndio, bem como do arrecadado, em que foi investido, além de relacional todo o material adquirido com o empréstimo autorizado por lei aprovada pela Assembléia em novembro de 2000.
Por Ivan Valença