O Programa de Cadastramento dos Taxistas provocou divergências entre a classe. A idéia, lançada na manhã de hoje, 19, pelo prefeito Edvaldo Nogueira é uma antiga reivindicação de alguns taxistas e da sociedade em geral. O objetivo principal é apresentar o profissional dando maior segurança ao passageiro.
O projeto desenvolvido pela SMTT visa uma maneira de melhor identificar os táxis da cidade. A identificação será feita através de um crachá de tamanho grande que deve ficar em local visível dentro do veículo. A medida também deverá combater o transporte clandestino.
Com a mudança, a categoria – que se sente prejudicada pela concorrência desleal dos táxis clandestinos – acredita numa melhora nos seus rendimentos e na prestação dos serviços. “Tem muita gente irregular que está rodando e não sabe lidar com o passageiro e está sujando a nossa classe”, diz o taxista, José Fábio Andrade. A decisão deverá melhorar a qualidade do serviço no momento em que haverá maior fiscalização desde o próprio usuário ao fiscal orientado. “É bom porque vai diminuir aborrecimentos para os usuários. Acontece um desentendimento e não dá tempo de anotar a placa agora vai ficar melhor”, diz a taxista Ana Maria.
Mas ainda há taxistas que não se sentem beneficiados com o programa. “Só dá segurança para o passageiro, pelo contrário ficaremos mais expostos quando um marginal entrar no carro e vê quem a gente é”, reclama o taxista Salvador Marques Rodrigues, ressaltando que acredita no aumento de multas devido a essa medida. José Fábio Andrade
O programa deverá entrar em vigor num prazo máximo de 90 dias estando todos os taxistas de Aracaju portando o crachá em seu veículo. O programa cadastrará não somente o proprietário, mas também o defensor, eliminando segundo os taxistas as carteiras e o alvará.
“Furando Fila”
Uma das questões que está no plano de reivindicações dos taxistas ligados a empresas é a permissão para o embarque de passageiros em pontos de táxi sem que previamente estes entrem em contato com a empresa de táxi.
Nos pontos de táxi como rodoviária, shopping e supermercados apenas os táxis do ponto podem embarcar passageiros, a não ser que o passageiro solicite via telefone o serviço a empresa. Caso aconteceça do condutor da empresa pegar passageiro em ponto de táxi ele estará “furando fila” e é multado pelos fiscais da SMTT.
Eles dizem querer apenas direitos iguais, pois o único diferencial, o desconto, já é compartilhado com todos. “O desconto já é igual tem que acabar com essas multas. Muitas vezes o cliente é que escolhe e a gente tem que dizer não”, reclama o taxista Jorge Fernandes.