O dia foi estabelecido após uma tragédia na cidade de Farmington, na Virgínia, nos Estados Unidos, quando 78 mineradores morreram depois de uma explosão numa mina. Atualmente, com dados fornecidos pelo INSS, cerca de cinco mil trabalhadores viram vítimas fatais por ano no Brasil. Segundo o presidente da CUT em Sergipe, Antônio Góes, o dia ‘serve como mobilização e reflexão sobre esse cenário. É uma tentativa de mudança por um ambiente com mais segurança’. Ele afirma que o setor que se destaca com maior número de acidentes é o da construção civil. Ele também frisou uma falta de valorização do trabalhador, que resulta numa má remuneração e reflete em problemas familiares que são transferidos para o ambiente de trabalho.
Na manhã desta sexta-feira, 27, a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) realizou uma mobilização no centro da cidade, juntamente com outros sindicatos. A finalidade é lembrar o dia mundial em memória das vítimas de acidentes de trabalho, que oficialmente é amanhã, 28 de abril. Para Góes, existem a falta de uma política para inibir a ação patronal, que acaba vitimando milhares de trabalhadores, além da falta de mudanças de postura do setor patronal ‘de querer o aumento de produtividade e de lucro sem a observância da segurança dos trabalhadores’.
Ele destaca também o desaparelhamento dos órgãos de fiscalização como um dos principais fatores para a causa de acidentes de trabalho ‘a ponto de não estarem cumprindo o seu papel’.
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