O coordenador do setor de Climatologia de Sergipe, Overlan Amaral, afirmou essa manhã que a média de chuvas para o Estado não deve ultrapassar as previsões anuais. A afirmação foi feita durante a abertura do Fórum de Análises e Previsões Climáticas para o Nordeste, evento que irá elaborar um relatório para previsão climática da região nos próximos três meses. Representantes de todos os Estados do Nordeste estão reunidos no auditório da Codise para emitir a análise. Mesa de abertura do Forum de Análises e Previsões Climáticas para o Nordeste
“Apesar de estarmos na mesma região e no mesmo clima, cada ano tem uma característica diferente. Esse ano deve estar se comportando um pouco diferente do ano passado, já que as chuvas têm sido em torno da média histórica”, disse Overlan. De acordo com ele, a chuva não irá atrapalhar a agricultura, pelo contrário, beneficia o setor. No entanto, a construção civil e os transportes devem ser afetados.
Além da previsão metereológica o evento está discutindo os fatores que contribuem para as mudanças climáticas. “O fundamental é a previsão climática. Mas antes nós temos análises e discussões dos principais parâmetros que dão suporte à previsão climática. Como a temperatura da superfície do oceano”, disse Overlan.
A palestra inicial foi ministrada por Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Paulo Nobre enfatiza qualidade da previsão meteorológica
Pesquisas Espaciais de São Paulo (INPE/CPTEC). Nobre abordou o tema “Meteorologia a Serviço da Sociedade”, e iniciou abordando a importância da informação metereológica de qualidade para a população. “A população de Sergipe depende da qualidade da informação metereológica. O meu pleito é para que se invista nas pessoas, no corpo técnico”, disse Nobre. Após a palestra os membros do Fórum iniciarão a produção do relatório climático.
O Secretário de Meio-ambiente, Márcio Macedo, fala que a previsão metereólogica trimestral dá margem ao planejamento estratégico nas regiões. “A precisão possibilita que a região possa ter um norte com relação à influência na indústria, na cultura, e na vida das pessoas. Se você tem uma previsão que norteia o que vai acontecer, você pode contribuir para que a sociedade se organize de acordo com o clima”, disse o secretário.
Professores de uma escola particular da capital levaram seus alunos de Ensino Médio para assistir à palestra. “É extremamente importante trabalhar com a questão das mudanças climáticas. Nesse evento a gente completa a teoria da sala de aula com a prática”, diz o professor José Bezerra.
Para o presidente da Adema, Genival Nunes, o evento contribui com o planejamento das ações ambientais. “A previsibilidade nos dá condições de preparação para evitar qualquer catástrofe. No âmbito do licenciamento, da fiscalização e do monitoramento a gente fica mais atento com relação à determinados estuários, determinadas lagoas e indústrias sobre a possibilidade de chuvas”, explicou Genival. Platéia da palestra do Fórum
Os trabalhos do Fórum devem ser concluídos amanhã, 15, quando eles entregarão o relatório da previsão climática trimestral para a Região Nordeste.
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