Os policias civis estão paralisados hoje, 22, e amanhã para reivindicar pressa no envio da contra-proposta de negociações à Assembléia Legislativa. A contra-proposta foi elaborada pelo secretário de Segurança Pública, Kércio Pinto, e enviada ao governador para sua aprovação, mas até agora o governo não sinalizou com o envio aos deputados. Apesar das negociações avançadas, a possibilidade de greve não é descartada pelos policias. .JPG)
Policiais concentrados na praça Tobias Barreto
“Nós estamos pedindo atenção do governador e pedindo ajuda da população para aderir à nossa luta”, diz o policial Marivaldo dos Santos. “Nós não temos mais estrutura para agüentar demagogia. Não estamos pedindo ao secretário porque sabemos que ele tem boa vontade, mas sim ao governador, para que possamos concretizar os nosso objetivos”, completou o policial.
A proposta apresentada pelos policiais foi encaminhada ao secretário Kércio Pinto em março e este apresentou sua contra-proposta, que consiste em incorporar a gratificação ao salário base, e elevar o cargo de policial ao nível superior. “Outros pontos foram deixados de lado, mas nós entendemos que para iniciar o debate com o governo foi proveitoso” declara o policial membro da Operação Padrão, Antônio de Moraes.
Essa é a segunda paralisação da Policia Civil em duas semanas e os policiais acreditam que estão tendo o resultado desejado. “Com toda certeza as paralisações estão surtindo efeito, porque nós estamos mostrando para a sociedade a nossa situação. Nós já conseguimos o mais importante que é uma proposta única, que todas as correntes da polícia civil sejam encaixadas”, explicou Moraes. 
Hoje e amanhã no turno da tarde os policias irão panfletar pela cidade, a concentração será na praça Tobias Barreto. Se não houver sinalização do governo durante esses dois dias, será convocada uma Assembléia Geral onde pode ser declarada greve. “Mas nós não queremos isso até porque tudo já foi feito. A negociação já se deu de forma tranqüila, só basta por em prática”, conclui Moraes.
Plantonistas
Com a paralisação o atendimento à população em Aracaju está sendo feito nas duas delegacias plantonistas, que ficam localizadas na Avenida Gonçalo Prado Rollemberg, e ao lado do terminal do bairro Santos Dumont. Em seu horário de funcionamento normal a Delegacia Plantonista faz cerca de 30 registros de ocorrências. Em dias de paralisação o número cai para cinco.
“Os policias mantiveram um número de efetivo para atendimento emergencial à população. Casos que podem esperar até o fim da paralisação não estão sendo atendidos”, explica a delegada Viviane Cruz, coordenadora das delegacias plantonistas.