Reitor e estudantes da UFS negociam pontos da paralisação

Estudantes da Frente de Paralisação estão reunidos com o reitor Josué Modesto para negociar os pontos da paralisação, desde às 14h no auditório da reitoria. A plenária funciona esclarecendo os pontos de reivindicação entregues ao reitor na semana passada. Um estudante que preside a mesa lê o ponto, o reitor faz a sua proposta e dois estudantes discutem a fala do reitor.

Os posicionamentos da reitoria não divergem dos que foram apresentados no documento entregue aos estudantes na sexta-feira, 22. No entanto, alguns pontos dos estudantes foram atendidos, como o prazo de 10 dias para colocação de 39 computadores na Biblioteca Central. Em outros o reitor não cedeu, como a assinatura de um documento alegando oposição à transformação do HU em fundação estatal de direito privado.

A maioria dos estudantes presentes era da Frente de Paralisação, no entanto as outras facções estudantis, como a organização ‘Pró-Aula’, estiveram na plenária. “Por mais que tenhamos argumentos, eles vão parecer irrisórios, já que estamos em minoria aqui. Nós temos que esperar voltar às aulas e nos reorganizarmos”, disse Thiago Almeida, membro do pró-aula.

Na plenária, somente estudantes membros da Frente de Paralisação e internamente pré-indicados poderiam ir ao palco se pronunciar. Bruna de Sá, estudante membro da comissão de comunicação da frente fala que está havendo diálogo com a reitoria. “O reitor está procurando se esquivar ao máximo das propostas. Mas de fato ele se propõe a fazer o que nós propomos”, disse.

Josué Modesto, reitor da UFS
O Pró-reitor de Assuntos Estudantis, Arivaldo Montalvão, acredita que haverá um entendimento. “Acredito que tudo pode se encaminhar para um bom termo desde que seja para construção. No fundo todos nós queremos fortalecer uma instituição pública, gratuita e de qualidade. Se a vontade de todos for de construção haverá um entendimento”, argumentou o professor.

Já o estudante Danilo Vilela, membro do Coletivo ‘Não vou me adaptar’ fala que o diálogo está sendo aberto, mas falta precisão nos pontos, dos dois lados. “Acho que o reitor está abrindo espaço. Ele às vezes sai pela tangente, abre o diálogo, mas não assegura o comprimento das reivindicações. Porém acho que não é o suficiente para que o movimento se encerre” disse Danilo.

Para ele, o documento que os estudantes entregaram ao reitor é rico nas pautas. “Mas falta uma maior precisão nas propostas. Algo que possibilite o fortalecimento do debate, como por exemplo, no caso da assistência estudantil. Até hoje não temos no país uma política definida de assistência estudantil”, completa Vilela.

Após as discussões os estudantes irão realizar uma plenária interna para discutir os posicionamentos do encontro com o reitor. No entanto, a greve não deve terminar tão depressa, já que a Frente de Paralisação estuda a vinculação do fim da paralisação estudantil ao da greve dos servidores. Hoje, os servidores completam um mês de greve.

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