Ocupação do Porto Dantas pode ser retirada nesta sexta

A ordem de despejo foi entregue a 30 famílias no último dia 09 de agosto. A área ocupada é de preservação ambiental, porque fica próximo a um manguezal, e de preservação permanente, por estar à margem de uma rodovia. Os moradores alegam que não têm para onde ir e que, ao chegarem ao local, a Emurb não os informou de que não poderiam ficar.

A empresa contesta a informação. “Há cerca de dois meses a Prefeitura Municipal de Aracaju, junto com o Ibama, fez a retirada de cercas e alicerces e deixou a área limpa”, diz o assessor de comunicação da Emurb, Ademar Queiroz. Segundo ele, as moradias foram construídas há pouco tempo, embora algumas pessoas aleguem estar no local há cerca de oito meses.

Gilza de Jesus mostra o lugar onde mora

Segundo a moradora da ocupação Gilza de Jesus, os donos dos barracos derrubados nesta terça-feira estavam trabalhando ou em casa de parentes quando a Emurb chegou. Por conta disso, a maioria dos moradores não foi trabalhar hoje, com medo de que a Empresa volte sem avisar e faça outras retiradas.

“Moro aqui há oito meses, porque preciso, não tenho outro lugar pra ir. Quando a gente chegou limpou isso tudo que estava aqui, roçou a área e construiu”, conta. Queiroz diz que as Secretarias Municipais de Assistência Social (Semasc) e de Planejamento (Seplan) já foram informadas sobre a derrubada dos barracos.

A Semasc fez um cadastro dessas famílias entre os meses de maio e julho, segundo informação do assessor de comunicação da secretaria, Bruno Almeida. As que não estão cadastradas é porque ainda não moravam lá na época. Até o momento não há nenhuma ação da Semasc prevista para os moradores.

Por Gabriela Amorim