A pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro) Marília Regina Nutti, estará em Aracaju nesta quarta-feira, 5, para falar sobre a biofortificação de alimentos para o combate de deficiência de ferro, zinco e vitamina A. A palestra será proferida no auditório da Embrapa de Aracaju, a partir das 9h. Nesta terça-feira, 4, à tarde, Marília Nutti se reunirá com o está chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Edmar Ramos, e a diretora do Departamento Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado de Sergipe, Mirsa Leite, para tratar de possíveis estratégias de ação. A pesquisadora coordena as atividades do Programa Harvest Plus na América Latina e África, que tem como uma de suas estratégias o melhoramento genético de feijão, milho, arroz e mandioca para suprir a carência desses elementos que causam problemas para grande parcela da população. De acordo com dados da organização Panamericana da Saúde (1990-2000), no Estado de Sergipe, 32% das crianças menores de 5 anos apresentam hipovitaminose A e a anemia ferropriva atinge até 50% deste grupo. Sergipe já tem algumas ações que podem contribuir para a implementação do programa. No Brasil, a Embrapa está avaliando mais de 500 materiais genéticos de feijão, 1.400 de milho e 1.800 de mandioca. O próximo passo será o cruzamento de variedades promissoras em termos nutricionais e agronômicos. Depois, em parceria com pequenos produtores, fazer com que estas variedades cheguem até as comunidades rurais mais carentes. O Harvest Plus é uma rede de instituições de pesquisa que atua em vários países para melhorar a qualidade dos alimentos amplamente consumidos pelas populações de baixa renda da América Latina, África e Ásia. Hoje, o Harvest Plus conta com várias unidades da Embrapa, além do apoio da Unicamp e Universidade de Adelaide.
Programa
A Fundação Bill e Melinda Gates, junto com outras instituições, investe mais de US$50 milhões neste projeto de biofortificação de alimentos com ferro, zinco e vitamina A para combater a hipovitaminose A e a anemia ferropiva. Mais de 2 bilhões de pessoas sofrem deficiência de ferro e cerca de 250 milhões de crianças têm déficit de vitamina A no mundo.
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