Os servidores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) estão ameaçando entrar em greve na próxima quinta-feira, 13. Segundo os servidores, o Governo Federal ainda não atendeu as reivindicações da campanha salarial 2007. O principal ponto é o aumento linear de R$200 no salários, que compensaria as perdas de 1994 até hoje. 
Imagem da última paralisação ocorrida no dia 23
A primeira proposta apresentada pelo Governo trazia um reajuste de 3,75%, o que foi rejeitado em Assembléia da categoria. A classe espera uma outra proposta até o dia 12, quando será realizada uma nova assembléia. Caso não haja nenhum avanço nas negociações os servidores entrarão em greve por tempo indeterminado parando todos os serviços.
“A proposta era para ter sido feita no último dia 3, mas nada foi enviado para a federação dos servidores”, disse Unaldo Gomes, diretor de política sócio-cultural do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintec-SE). Unaldo não acredia que o governo irá propor um novo aumento, mas adianta que os serviços urgentes dos Correios não serão afetados. “Nós costumamos deixar um contigente de 30% funcionando para as urgências”, diz.
O assessor de imprensa da ECT em Sergipe, Agnaldo Batista, declara que a direção da empresa espera que os líderes do movimento tenham bom senso. “Esperamos que não haja solução de descontinuidade nos serviços da ECT, mas em todo o caso a empresa pode fazer prevalecer o Plano de Contingência”, comenta. Nesse plano a empresa contrata pessoas em nível de urgência para atender as demandas durante a greve.
Paralisações
A categoria realizou uma paralisação nacional no último dia 23, somente nos cargos considerados operacionais, como carteiros e responsáveis pela triagem. Os trabalhadores alegam que as reivindicações de reajuste salarial estão ligadas não somente à valorização do trabalhador, mas também a melhores condições de trabalho. O sindicato nacional estima um déficit de mais de 25 mil funcionários no quadro da ECT, principalmente no setor operacional.