Cozinhar utilizando o calor do sol não é nenhuma idéia difícil de ser colocada em prática. Para tanto basta ter em mãos caixas de papelão, papel alumínio, vidro, metal, cola, papel e um pouquinho de paciência. A iniciativa pode proporcionar uma comida saudável, economia na utilização do gás entre outras vantagens. A fim de difundir essa tecnologia eficiente e pouco conhecida serão desenvolvidas 11 oficinas em diversas comunidades do Estado. A primeira delas aconteceu nesta quinta-feira, 22, no Espaço de Cultura e Convivência Social (ECCOS) de Nossa Senhora do Socorro. Um dos modelos do Fogão Solar, chamado de Macaxeira
A curiosidade foi o que motivou dezenas de pessoas a participarem da oficina desenvolvida pelos pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Comunitário Sustentável (INCOMUN). “Quero ver e aprender como é
que funciona pra poder passar para a minha família e pra usar em casa”, declarou Maria José dos Santos. Ela disse ainda que possui em casa um fogão à gás, mas utiliza de vez em quando um fogarreiro, além dessa alternativa ela disse que “se for bom mesmo”, quer ter também um fogão solar. Dona Maria José quer um fogão solar em casa
A idéia de cozinhar com o sol gera algumas dúvidas, como a do Seu José Marcolino. “Acho interessante, mas dizem que deixar a comida no Sol faz mal pra saúde”. Com um ar de bastante desconfiança na eficácia do fogão, ele revela que apesar de não cozinhar, se a idéia for boa vai ensinar para a família. Dúvidas como a de Seu Marcolino surgem constantemente quando as pessoas se deparam com essa idéia simples e inovadora.
Desmistificar essas idéia é um dos trabalhos dessa oficina, coordenada por Asthon Vital Brasil, formado em administração e que atua com políticas pública para uso da energia solar. “A idéia de ensinar a fazer e utilizar o fogão solar é para que a comunidade passe a economizar um pouco de gás, não é para substituir”, explica. Depois das oficinas, os instrutores irão fazer um acompanhamento para saber como as pessoas estão utilizando a novidade. Seu Marcolino, curioso para aprender como funciona
Como funciona
O funcionamento do fogão solar é como o do efeito estufa, que provoca o aquecimento global. São colocadas duas caixas uma dentro da outra, o ar entre elas atua como isolante térmico, o calor é retido e absorvido pela placa metálica preta e não sai por causa do vidro. O calor no interior do fogão pode chegar a 120°. Assar uma pizza ou cozinhar
bananas leva de 30 minutos a uma hora. Para cozinhar feijão, arroz, batata ou macaxeira, por exemplo, é preciso deixar o fogão no Sol por três horas, no mínimo. 1° oficina atraiu muita gente
“Não há perigo nem de queimar a comida, nem o fogão. As pessoas costumam queimar muito a mão, porque vêem a caixa e acham que não está quente, abrem e colocam a mão. Aí o calor queima”. Além deste cuidado Asthon dá algumas dicas para ter um bom cozimento são: não deixar na sombra, não abrir enquanto estiver cozinhando e cozinhar no horário de 10h às 15h, quando o sol está mais forte.
Projeto
Esta oficina é o pontapé inicial para a implantação da 11° Cozinha Comunitária que utiliza energia solar do Brasil, que será instalada com apoio da Unesco através da Secretaria de Estado da Inclusão Assistência e Desenvolvimento Social (Seides), no ECCOS do conjunto João Alves. A proposta será levada também para outras regiões do Estado, uma das metas de inclusão social da secretaria. A curiosidade é o forte dos participantes
“Já começamos a trabalhar na implantação deste restaurante que servirá de 100 a 200 pratos por dia. Ainda serão realizadas obras para adaptar o espaço, a expectativa é que comece a funcionar em 2008. Mais a morosidade não é maior que a vontade de começar”, explica Paulo Mário Machado, coordenador da Rede Sergipe de energias renováveis.
Por Carla Sousa
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