Um dos candidatos à vaga de desembargador, o advogado Edson Ulisses, convidou a imprensa na manhã de hoje, 11, para contestar as declarações dadas pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Sergipe (OAB/SE), Henri Clay Andrade, sobre a confusão ocorrida na sede da instituição, na última sexta-feira, 7, após o fim da votação para escolha da lista sêxtupla para vaga de desembargador. Ele ainda avisou que fará um pedido na Justiça para abertura das urnas e proporá ainda o fim da exigência de quórum mínimo para escolha da lista. Edson Ulisses
Em entrevista, Edson Ulisses disse que Henri Clay criou inverdades sobre a associação de seu nome ao ocorrido na sede da OAB, falou ainda da divulgação dos votos das eleições, uma possível perseguição à sua candidatura e desmentiu o presidente da Ordem em Sergipe sobre o número de advogados que participaram da eleição.
Portal Infonet – O senhor acredita que Henri Clay quis associar o nome do senhor à confusão criada na sede da OAB na última sexta-feira?
Edson Ulisses – Não admito que o doutor Henri Clay esteja criando inverdades em torno de meu nome. Eu sou uma pessoa digna, tenho um comportamento digno e não estimularei jamais qualquer ato que seja contra a minha instituição. Eu sei o que é a instituição. É diferente de quem chega em pouco tempo e já quer mudar a história da OAB, escondendo o resultado de uma eleição. Esconder não é bem o caminho que a nossa instituição deve tomar. Ele sabe da responsabilidade da OAB, a instituição tem história e ela não pode ser enodoada, por um ato impensado. Peço que o senhor [Henri Clay] reflita. Nossa instituição não pode ficar numa confusão dessa, por ter se escondido o resultado de uma eleição.
Infonet – A falta de quórum anula a eleição?
EU – O fato de a eleição não ter tido quórum, não significa que a eleição foi nula. O quórum não foi permitido para divulgar a lista sêxtupla, mas o quórum existe para se saber se atingiu os eleitores em número suficiente para se saber se passa ou não para o segundo turno. Como não houve quórum neste primeiro turno vai para o segundo turno. Mas os votos têm que ser revelado. Só se encerra eleição em urna eletrônica com a emissão do BU [Boletim de Urna], o resto é suposição. O que os advogados querem, o candidato Edson Ulisses quer e outros candidatos querem é a transparência. Somente a transparência. Revele quantos votos Edson Ulisses teve, todo mundo quer saber, só o senhor não quer deixar. Por que essa birra? Por que esse capricho? Será que é pessoal comigo? Não acha que fui vitimado por tantas calúnias, tantas ações contra mim que estão sendo derrubadas, como caíram os ‘Muros de Jericó’. Ações de Mendonça Prado, ação do Ministério Público [Federal] e outras que vierem serão derrubadas. Finalmente o senhor quer o quê? Quer me sacrificar? Quer me botar na cama de tortura? Eu apelo para Dom Lessa [arcebispo de Aracaju] que diga à sociedade que ser cunhado não é crime, não é pecado.
Infonet – Será dada entrada em alguma ação judicial solicitando a divulgação dos votos?
EU – Vou entrar com um mandado de segurança, discutindo inclusive o processo eleitoral, para retirar o quórum. Peço apenas que não coloque dificuldades para os advogados irem votar, não marque eleição no recesso. Desta forma atingiremos o quórum. Sei que estão criando dificuldades, fazendo movimento para o advogado não ir votar.
Infonet – Se na segunda votação não tiver quórum mais uma vez, o senhor teme que a decisão da escolha da lista sêxtupla seja feita pelo Conselho da OAB/SE, no qual presidente tem maioria?
EU – Não temo que a decisão vá para o conselho. É um compromisso público de Henri Clay e Cezar Britto [presidente nacional da OAB]. Eu acredito ainda na palavra de doutor Henri Clay, acredito ainda na palavra de doutor Cezar Britto.
Infonet – E as acusações de que foram pessoas ligadas ao senhor que tentaram depredar a sede da OAB?
EU – Isso não é verdade, sou defensor dos direitos humanos. Não se pode impedir manifestações de pessoas que ficaram indignadas e pediram que apurasse os votos. Não pode impedir que alguém fique mais exaltado. Não houve quebra-quebra na OAB. Não se xingou mãe de ninguém. Isso é invenção, isso é encenação.
Infonet – O senhor também contesta os números apresentados por Henri Clay, nos quais apontam que cerca de 75% dos advogados não foram votar?
EU – Ele quer maquiar os números. Doutor Henri Clay disse que os advogados faltaram 75%, não é verdade. Dos aptos que foram 2.366, nós tivemos lá 1.114, o que representa 47,6% dos advogados aptos. Doutor Henri Clay corrija os números, o senhor não fez a conta correta.
Infonet – Isso se configura com uma perseguição a sua candidatura?
EU – Isso é mais que perseguição. Eu sou vítima de uma perseguição odiosa, não dos advogados, eles estão aí para mostrar que nós tivemos votos. Eu sou o candidato mais votado na história do quinto. Quando as urnas forem abertas nós vamos ver quem tem voto. É por isso que não querem mostrar. Eu sou vítima de um processo cruel, de uma perseguição cruel, simplesmente porque sou um candidato que vou ganhar e também aliado ao fato de ser cunhado do governador, como se ser cunhado do governador fosse crime. Estou sendo tratado de uma forma discriminatória, isso não deve ocorrer.
Por Paulo Rolemberg
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