OAB repudia atitude do Governo do Estado na desocupação do kartódromo

Presidente da OAB afirma que irá acionar a Justiça
O presidente da Ordem dos Advogados secção Sergipe (OAB/SE), Henri Clay, considerou a atitude do Governo do Estado, diante da desocupação do antigo kartódromo no último sábado, como arbitrária, policial e conservadora.  Ele esteve na manhã desta terça-feira, 10, no galpão onde estão abrigadas as 180 famílias que foram retiradas do espaço no fim de semana, juntamente com os presidentes dos Conselhos Estadual e Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Na próxima terça-feira, 17, o Conselho da OAB se reúne para definir quais as medidas judiciais que serão tomadas. De antemão ele antecipou que será feito um relatório e um documentário para ser enviado a diversos órgãos nacionais e

Clay ouviu relatos de diversas vítimas de agressão dos policias
internacionais. “O Estado não deve se assemelhar ao particular, acima do Estado está o interesse social”, afirmou.

Ele ainda criticou a nota divulgada pelo Governo em que justifica a ação policial da Tropa de Choque como sendo uma ação legítima de reintegração de posse.  “É deprimente e inaceitável querer legitimar um estado policial em detrimento da cidadania. A sociedade civil precisa reagir”.

Durante a visita ao galpão foi colhido o relato de várias pessoas vítimas de agressões durante a ação da policia. Dentre elas está a jovem Jaqueline Santos, ela relatou ao presidente da OAB o sofrimento e as humilhações que sofreram durante a ação, que deixou um de seus filhos ferido. “As crianças estão traumatizadas. Não podem nem ouvir um barulho que ficam assustadas”, conta.

Thiago Oliveira e Humberto Góes, representantes dos Conselhos Estadual e Municipal do DCA
Ações

“Acho que diante do empenho dos poderes jurídicos esse ato não vai ser mais um a passar em branco”, acredita um dos coordenadores do movimento que liderou a ocupação, José Ramos. Dentre as ações que serão tomadas está a elaboração de um relatório pelos representantes dos conselhos Estadual e Municipal de DCA.

O documento será enviado junto ao documentário e às imagens colhidas pela imprensa local para diversos órgãos da Defesa dos Direitos Humanos, dentre eles o Conselho Nacional da Pessoa Humana, do Ministério da Justiça, e a Comissão das Nações Unidas para os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. “Esperamos que esses órgãos se posicionem e apresentem ao Estado algum tipo de sanção e censura”, explica Humberto Góes, presidente

Por Carla Sousa

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