Caso sejam comprovados os crimes de depredação de patrimônio e privação dos direitos dos presos, os integrantes do comando de greve poderão ser processados e excluídos do serviço público, além de cumprirem pena de até oito anos. “Não se resolve greve ameaçando ou caluniando. Em nenhum momento estou desrespeitando o governo. Essa greve não é para provocar pânico é para fazer o governo cumprir o que prometeu”, afirma Cláudio. Ele completa dizendo que está nas mãos do governador acabar com a paralisação.
A greve dos agentes penitenciários entra no quarto dia esta segunda-feira, 23, e por conta dos incidentes ocorridos desde a última sexta-feira, o Tribunal de Justiça (TJ) deve abrir inquéritos administrativo e policial para apurar se houve abuso por parte dos grevistas. Denúncias dão conta que os agentes teriam impedido a distribuição de comida e o banho de sol dos detentos dos presídios de Areia Branca e Nossa Senhora da Glória, o que deixou os presos agitados a ponto de iniciarem rebeliões. Antônio Cláudio, presidnte do sindicato da categoria, diz que os agentes estão traqüilos / Foto: Arquivo Infonet
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Antônio Cláudio Viana, “essa é uma medida para desviar o foco. O objetivo é marginalizar a categoria e o sindicato”. Ele classificou ainda que esta é uma jogada advinda da própria ditadura. Sobre os inquéritos que serão abertos pelo TJ, o presidente do sindicato diz que a categoria está tranqüila.
Em assembléia ocorrida no sábado, 21, a categoria resolveu permanecer em greve. Os presídios estão sob a segurança da polícia militar, o que segundo o presidente do sindicato, fere a legislação.
Por Carla Sousa
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