Para Cláudia Calmon, responsável pelo pedido do fechamento da 5ª, 7ª e 9ª Delegacias Metropolitanas (DM), a superlotação nas delegacias estão atrasando as investigações policiais e o trabalho da justiça. “Os policiais que deveriam estar na rua trabalhando nos casos estão desempenhando papel de agente penitenciário”, comenta.
Os promotores Sandro Luiz, Cláudia Calmon e Cláudia Daniela Freitas visitaram as três delegacias do município de Nossa Srª do Socorro nesta terça, 16, para comprovar o estado precário da estrutura dos prédios. O grupo solicitou a interdição das unidades policiais. “Os detentos estão submetidos a condições desumanas”, diz Sandro.
A promotora ainda classificou as constantes fugas nas delegacias da cidade como algo preocupante e que precisa de uma solução emergencial. “Em uma situação como essa, os presos querem fugir, em alguns casos conseguem e colocam a vida dos policiais e da população local em risco”, afirma.
Quase o triplo da capacidade
Na área onde ficam as quatro celas da 5ª DM, no conjunto João Alves, os detentos faziam gestos com as mãos em referência ao aperto que enfrentam. Um deles diz que não dá para todos dormirem deitados. Nesta unidade, mais de 40 presos dividem um espaço que deveria comportar apenas 16.
Chocado diante da situação física das delegacias e dos pedidos
dos presos, o promotor Sandro revelou qual o próximo passo. “O pedido será enviado ao Tribunal [de Justiça] e se for novamente suspendido, a responsabilidade do que puder vir a acontecer será do desembargador responsável e o Ministério Público vai cobrar”, finaliza.
Por Glauco Vinícius e Carla Sousa
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