Famílias assustadas com desocupação

Patrimônio pertence à Secretaria de Cultura
As cerca de oito famílias que ocupam o barracão Hilton Lopes, situado no bairro Castelo Branco, estão assustados com a perspectiva de terem que deixar o local. Segundo relatam os moradores, eles foram procurados por alguém do Governo do Estado e avisados que deveriam sair do espaço. Eles não souberam o nome da pessoa ou a que secretaria pertence.

Há 14 anos que a primeira moradora do barracão, Alda dos Santos, de 55 anos, ocupou o local, que pertence à secretaria Estadual de Cultural. Ela relata que depois que chegou com seus cinco filhos, outras famílias, que também não tinham onde morar fizeram o mesmo.

Alda conta que assim como ela, que vive de trabalhos esporádicos lavando roupa para famílias do bairro, a maioria das pessoas não tem trabalho fixo. “Vivemos fazendo bico quando aparece”, falou a moradora, que divide uma pequena sala com seus cinco filhos.

Oito famílias habitam o local atualmente
Mesmo em condições precárias, as pessoas que ocupam o barracão dizem que não vão sair por falta de perspectiva. Segundo relatos, como o espaço já está com oito famílias, a última moradora que chegou está alojada no banheiro. De acordo com a maioria que reside no estabelecimento, a desocupação, caso seja necessária, será feita com resistência.

“Não temos para onde ir e não sairemos de qualquer maneira. Queremos uma casa em um local que não seja longe nem esquisito demais, pois assim fica impossível trabalhar. Não adianta nos mandar para bairros que fiquem muito afastados ou que tenham muita violência pois não vamos”, falou dona Alda, que tinha o apoio de outros moradores como Ginalda Santos, que trabalha como diarista e divide um cômodo com outra família.

Os moradores afirmaram que existe uma ação na justiça para que eles saiam do local, mas não

Alda Santos: Pequeno cômodo é dividido com cinco filhos
souberam dizer quem foi o responsável por ela. Procurado pelo Portal Infonet, o secretário de cultura, Luiz Alberto dos Santos, falou que ele nunca mandou ninguém da sua secretaria ao local fazer qualquer tipo de ameaça nem deu entrada em nenhuma ação para retirar as pessoas do local. Ainda segundo ele, a mesma situação se repete nos outros barracões da cidade, que atualmente estão todos ocupados.

“Caso essa ação exista, ela vem de outros governos, até porque essas pessoas estão lá há muito tempo. Vou me informar com a procuradoria do Estado para saber disso. Quero dizer que caso exista mesmo, vou respeitar a decisão e acredito que essas pessoas devem ser assistidas pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides)”, afirmou o secretário.

Por Letícia Telles

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