Zona norte é campeã em poluição sonora

Dona Marlene diz que fica incomodada com o barulho
Se para muitos o final de semana marca uma pausa para o descanso e o lazer após uma semana atarefada, para dona Marlene a noite de sexta-feira é o início de um período insuportável. “Não consigo dormir bem por causa do barulho. Se já não bastasse o som alto nos bares, ainda tem barulho de briga e de buzina. É uma coisa terrível”, reclama.

Marlene mora no bairro Industrial, zona norte de Aracaju, a região com maior índice de queixas relacionadas à poluição sonora e perturbação do sossego alheio, segundo a PM. Nas noites de sábado e tardes de domingo, a orlinha do lugar é tomada por dezenas de veículos com o porta-malas aberto, som ligado no último volume e confusão garantida.

Procedimento

Capitão Matheus: o vizinho quase sempre é o vilão
Os proprietários de bares, na maioria das vezes, justificam que o local no qual atuam é destinado ao lazer. Mas a história não é bem assim. “Para qualquer lugar, mesmo os de recreação, há um nível de tolerância, que não deve ser extrapolado”, explica o capitão Matheus, da Polícia Ambiental.

De acordo com ele, a cada dez chamados no pelotão, oito correspondem a problemas com poluição sonora, e na maioria das vezes, o vizinho é o vilão da história. “Tentamos resolver o problema sem necessidade de apreensão. Caso o reclamado resista e insista na infração, apreendemos o material e o encaminhamos à delegacia”, explica.

Em casos específicos, quando há solicitação do Ministério Público, por exemplo, a Polícia Ambiental utiliza o decibilímetro, utensílio que mede a intensidade dos sons em determinado local, cujo laudo é inalterável. Em Sergipe há apenas um aparelho, número insatisfatório segundo a polícia.

Srgt. Cláudio Nunes mostra o funcionamento do decibilímetro e afirma “o laudo é inalterável”
Utilização sonora

O capitão e o sargento Cláudio Nunes, que colaborou nas explicações, falam ainda que a fiscalização da EMSURB em relação aos bares e estabelecimentos comerciais que abusam da música e dos anúncios em alto volume deveria ser intensificada, já que muitos deles não possuem alvará de utilização sonora.

A assessoria de imprensa do órgão diz que a inspeção ocorre quando casas de show ou locais similares estão prestes a abrir, para que possíveis problemas na acústica sejam resolvidos antes de sua inauguração. ”As grandes empresas sempre seguem a risca as instruções”, informa a assessoria.

Como agir

A EMSURB disponibiliza uma equipe de plantão à população em casos de estabelecimentos comerciais que estejam extrapolando o nível de som permitido. A atuação do órgão é apenas para casos em flagrante, por isso não adiante denunciar algo que ocorreu no passado. O telefone é 08002841300 ou 88021201.

Como a empresa municipal não se responsabiliza por problemas provenientes em residências, alguns cuidados para não ter um policial batendo a sua porta no melhor da comemoração devem ser tomados. Não há recomendações especificas. Tenha bom senso e, de preferência, convide a vizinhança para a festa.

Por Glauco Vinícius e Aldaci de Souza

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