Polícia Civil desarticula quadrilha que desviava remédios do Case

Robério Santiago fala ao Portal Infonet

A retirada irregular de remédios do Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case) foi descoberta pela Polícia Civil (PC). O desvio era feito por dois funcionários, que já estão presos e contava com a participação de mais três pessoas. A ação criminosa durou seis anos resultando num prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão para o Estado.

Toda a operação para desarticular a quadrilha foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 09, numa coletiva à imprensa. Segundo o delegado do Núcleo de Combate a Crimes Contra a Administração, Robério Santiago, “o esquema criminoso foi iniciado em 2002 e contava com a participação da servidora Joseane Cerqueira e do funcionário comissionado do Case, Romonique Pereira”. Além deles, outras três pessoas também faziam parte do desvio: o representante comercial Pedro Brito, o porteiro Antonio Quirino e do ex-segurança Ricardo. Os dois primeiros já estão detidos e o terceiro irá se apresentar a polícia acompanhado do advogado.

Através das investigações, que duraram cinco meses, a Polícia Civil constatou que a quadrilha era liderada pelo representante comercial Pedro Brito, que tinha acesso aos medicamentos através da servidora Joseane. Ela contava com a ajuda do funcionário Romonique para retirar os remédios. A partir daí, Brito vendia os produtos para clínicas estéticas de Aracaju. De acordo com o delegado Santiago, “a polícia investiga se os donos das clínicas tinham conhecimento do desvio dos medicamentos”.

Nos seis anos de desvio dos medicamentos, foram retirados do estoque do Case, 380 ampolas de Somatropina, além de outros remédios, que serviam para estimular o crescimento e controlar os efeitos da quimioterapia em pessoas portadoras de câncer. Alguns medicamentos chegavam a custar R$ 7, 5 mil. Os integrantes da quadrilha responderão por crime contra a administração pública, formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa.

Todas as investigações aconteceram em parceria entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública e a Secretaria de Estado da Saúde, desde a identificação dos envolvidos nos desvios dos remédios até o processo de investigação, iniciado pela Polícia Civil em outubro de 2008, através do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

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