Diretora do Presídio Feminino rebate acusações

O Presídio Feminino (Prefem) que atualmente abriga 103 internas foi alvo de diversas denúncias esta semana. As declaração de precariedade, falta de higiene e de atendimento médico, e da entrada de celulares e drogas, entre outras, partiram das próprias detentas. Ouvida pela reportagem do Portal Infonet, a diretora da unidade Mônica Barreto esclareceu ponto a ponto.

Falta de água

Sobre a falta de água, o que obriga as internas acumularem baldes cheios possibilitando a proliferação do mosquito da dengue, Mônica explicou que não há riscos quanto a isso. “A falta de água é geral e nessa época até eu acumulo água em casa. E não é uma água que fica por muito tempo parada, é para uso imediato por isso não há risco de dengue”, declara.

Mônica Barreto está há oito meses na unidade
Celulares e Drogas

Quando questionada sobre a entrada de celulares na unidade, Mônica conta que está investigando como esses aparelhos são levados para dentro do presídio. “Elas são muito criativas, antes colocavam dentro caixa de sabão em pó, mas adotamos um critério mais minucioso na entrada de produtos em pó. Hoje acontece de entrarem com aparelhos nas partes íntimas”. Para combater essa prática ela conta que recentemente foi adquirido o chamado ‘Inspetor Intimo’ – um banco que detecta metais nas genitálias.

Em relação a entrada de drogas, Mônica explica que neste casos o controle é muito mais difícil, já que seria preciso um aparelho de raio X, que segundo ela é muito caro. “Acaba passando, porque nosso único controle é a revista”, declara.

Segunda a diretora, a preocupação é investir na ressocialização das presas
Falta de higiene

Sobre a questão de falta de higiene a diretora afirma “essa parte depende muito mais delas do que de mim. Sempre que fazemos revista nos deparamos com objetos como calcinhas e sapatos misturados com alimentos, não tem como não proliferar baratas. A minha parte que é de providenciar dedetização e desratização da unidade eu faço periodicamente”.

Atendimento médico

Atualmente o atendimento de saúde às internas é feito em diversas unidades de saúde da capital e, segundo Mônica, é fornecido todo o tipo de medicamento a elas. Ela disse ainda que por dia são feitas em média quatro saídas para essas unidades. Com relação a acusações de que detentas grávidas não estão fazendo exames pré-natal, a diretora mostrou que tem em mãos todos os documentos que comprovam as saídas e atendimentos, inclusive cartão da gestante e ultrassonagrafias.

Mônica exibe uma carta com pedido de desculpas enviada por uma interna
Acusações x Injustiça

Há oito meses na direção da unidade, Monica Barreto conta que ao ver a repercussão de todas essas acusações se sentiu “injustiçada”. “A gente aqui dentro consegue enxergar elas como seres humanos. Aqui não tem bicho enjaulado são pessoas que precisam de oportunidade”, explica, acrescentando que há uma grande preocupação em ressocializar as internas, o que é feito através de cursos e oportunidades de trabalho.

A diretora declara que as denúncias partiram porque “algumas detentas que tem poder conseguem manipular as que tem a mente fraca”.  E ressaltou que independente disso, não há perseguição a ninguém, nem ordens do secretário de Justiça para que presas sejam punidas por falarem à imprensa, o que ele próprio caracterizou como sendo uma “infame e desacreditada acusação”

Depois de toda a repercussão que tiveram as denúncias, a diretora conta que já recebeu algumas cartas das detentas com pedidos de desculpas.

Por Carla Sousa

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