PF prende policiais envolvidos com vigilância clandestina

Material apreendido em operação da PF
A Polícia Federal (PF) em Sergipe realiza até a próxima sexta-feira, 3, a ‘Operação Varredura’ com o objetivo de combater o trabalho clandestino de vigilância e segurança privada. A ação já resultou em quatro prisões. Entre os detidos, estão policiais militares que portavam armas ilegalmente e faziam bicos em empresas de vigilância que não são cadastradas regularmente pela PF.

As prisões aconteceram nos municípios de Itabaiana, Nossa Senhora das Dores e Ribeirópolis. Com eles, foram apreendidos detectores de metal, bastões de choque elétrico, algemas, coldres, crachás, spray de pimenta, cinco armas e munições, além de fardamento. 

De acordo com assessoria de comunicação da PF, foram apreendidas duas armas em Itabaiana, uma delas raspada, duas em Ribeirópolis e uma em Nossa Senhora das Dores. Já em Aracaju foi feito uma varredura em um condomínio onde também foi lavrado inquérito de porte ilegal de arma, mas ninguém foi preso.

Armas, munição, crachás foram confiscados durante operação 

“As equipes se dirigiram novamente na manhã desta quarta-feira até os municípios onde existem indícios de irregularidade. Se existir, o flagrante está sendo lavrado nos próprios municípios pela Polícia Civil. Caso não tenha ninguém, estamos recolhendo o material para maiores averiguações, que depois serão devolvidos as empresas”, explica a assessora Mônica Horta.

Outras empresas irregulares também estão sendo investigadas em Aracaju e a operação está sendo comandada pela Delegacia de Controle de Segurança Privada da PF (Delesp), seguindo a iniciativa já recorrente em outros estados da federação desde o ano passado.

Além de impedir que vigilantes clandestinos continuem atuando, a Operação Varredura visa fiscalizar as empresas cadastradas, para verificar se o funcionamento está adequado. “Estão sendo realizadas vistorias em carros-fortes, nas bases das empresas e também nos bancos, onde o serviço de segurança privada é obrigatório”, explica o agente da PF, Flávio Lisa.

Fardamento semelhante ao de policiais é proibido
Regularização

Para funcionar corretamente, as empresas de segurança privada devem possuir uma autorização da Polícia Federal. De outro modo, o serviço é considerado ilegal. As empresas clandestinas detectadas pela operação podem se dirigir à sede da PF e através da Delesp, regularizar sua situação e recuperar o material apreendido, com excessão das fardas.

“O fardamento dos seguranças deve ser diferente do uniforme das polícias e nas empresas clandestinas o que nós encontramos foram fardas parecidas”, informa o agente Flávio Lisa. Segundo ele, “a utilização de uniformes semelhantes é para parecer que os seguranças particulares são policiais, o que fere a lei, que determina que as fardas sejam diferentes”.

Empresas autorizadas

A Polícia Federal orienta sobre a importância de se contratar empresas de segurança privada autorizadas. De acordo com informativo distribuído pela PF, os vigilantes regularizados não podem ter antecedentes criminais, passam por exames físico e mental anualmente, possuem a Carteira Nacional de Vigilante, o que comprova que foram aprovados em curso de formação com treinamento específico.

Operação continua

Nesta quarta-feira, a operação segue pelos municípios de Lagarto, Propriá e Estância e até o final da semana, empresas de outras cidades serão fiscalizadas. A qualquer momento novas informações poderão ser publicadas no Portal Infonet

A matéria foi modificada às 11h53 para acréscimo de informações.

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