Feirantes do Augusto Franco fazem protesto diferente

Feira do Augusto Franco
Feirantes e consumidores do Mercado do Augusto Franco estão revoltados com a falta de segurança no local.  Para comemorar um ano sem iluminação pública na área externa e cinco anos de abandono do mercado, a Associação de Defesa dos Feirantes do Estado de Sergipe, vai realizar a partir das 18h30 desta quarta-feira, 14, uma festinha de aniversário. Apesar de não existir motivo para alegria por conta dos inúmeros assaltos, o objetivo é alertar as autoridades para a demora no atendimento das reivindicações.

A festa na feira do conjunto Augusto Franco, uma das maiores de Aracaju – ali circulam cerca de 20 mil pessoas às quartas e 50 mil aos domingos – pretende descontrair comerciantes e freqüentadores do local, que vivem angustiados com a falta de segurança.  Bolo, bexigas, refrigerantes, velinha, parabéns e candeeiros acesos não irão faltar no aniversário da
Antonio Mendes, da associação
escuridão.  A associação pensou até mesmo em uma enfermeira que estará verificando a pressão dos participantes.

Providências

O presidente da Associação de Defesa dos Feirantes do Estado de Sergipe, Antonio Mendes, conta que já não tem a quem recorrer para solucionar o problema da violência na feira do Augusto Franco.  “Já acionei a SSP, a Prefeitura de Aracaju, a Energisa, entre outros órgãos e até agora nada foi feito. O pior é que aqui do lado tem uma delegacia, mas os policiais não conseguem inibir a ação dos assaltantes”, lamenta.

Sr. Gileno é uma das vítimas
Antonio Mendes disse que ele é uma das centenas de comerciantes que foram vítimas dos assaltantes. “A associação paga seguranças, mas eles trabalham desarmados. Graças a Deus, quando fui abordado, gritei e não me levaram nada, mas aqui mesmo no setor de queijos e manteiga, quase todos os meus colegas feirantes já foram assaltados”, ressalta lembrando que os comerciantes pagam tudo que é cobrado, mas não contam com o principal que é a segurança.

Tristes lembranças

A reportagem do Portal Infonet não precisou buscar vítimas dos assaltos na feira do Augusto Franco.  Elas estavam em

José Roberto mostra a queixa policial…
todas as partes. Homens, mulheres, jovens, idosos.  Ninguém é poupado.  “Tem uns oito meses que eu fechei a banca e quando ia entrando no carro com meu filho, levaram toda a renda que fizemos. Levaram até as chaves do carro. Aqui tem assalto todo dia. À noite tudo é escuro”, relembra com tristeza o Sr. Gileno Vieira de Matos.

Ainda pior do que o relato do Sr. Gileno é a lembrança do feirante José Roberto da Cunha.  Ele comercializa frutas e para sua surpresa, quando ia embora não encontrou o carro.  “Eu cheguei por volta das 15h e estacionei na área externa e quando ia pra casa, às 21h30 não encontrei mais o carro. Fiquei desesperado. O assalto aconteceu na

E Roberto pede providências
quarta e só encontrei o carro no sábado, abandonado próximo ao farol da Coroa do Meio”, conta José Roberto.

“Todo dia tem assalto aqui. Os marginais abordam os feirantes e os consumidores. A gente já escutou até tiros”, completa Roberto José dos Santos.

Por Aldaci de Souza





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