Na manhã desta sexta-feira, 14, começou a remoção das famílias da invasão Marivan, no bairro Santa Maria. Os moradores, que vivem em condições precárias e sem saneamento básico, começam a deixar seus barracos e serão transferidos para casas alugadas pela Secretaria de Estado da Inclusão e Desenvolvimento Social (Seides). 
Famílias vivem sem saneamento básico
De acordo com os moradores, no início desta manhã representantes da Seides estiveram no local acompanhados de um caminhão de mudanças. A equipe, no entanto, fez a retirada de apenas duas das 17 famílias que habitam o local. “Muitos ainda estão sem casa certa para ir, já que por causa da demora da Seides em alugar os imóveis, os proprietários desistiram do contrato”, conta dona Maria Vera, enquanto derruba o barraco de uma das famílias que já se mudou.
Segundo a líder comunitária da invasão, Williane Santos, o caminhão só deve retornar na segunda-feira, 17, mas ela não sabe se até lá a situação de todas as famílias já estará definida. “Eu espero que a secretaria aja com rapidez para acertar nossas casas. Não temos mais condições de morar aqui”, disse Williane. 
Maria Vera derruba um dos barracos já desocupados
Já Cynara Souza Roque, grávida de nove meses, diz que não tem mais condições de permanecer no barraco pois pode dar à luz a qualquer momento. “Eu estava na casa de parentes, mas como a Seides garantiu que nos colocaria em casas alugadas, voltei para cá. Agora não posso mais sair, senão fico sem casa e meu barraco pode ser ocupado por outras pessoas ou até mesmo demolido”, teme a gestante.
Demora
Segundo a assessoria de comunicação da Seides, a mudança de duas famílias foi realizada pelo caminhão da secretaria, mas outras já deixaram o local por conta própria, totalizando 13 famílias retiradas. “Alguns moradores resolveram sair por conta própria, já que tinham poucos objetos pessoais e móveis. Como as casas ficam nas redondezas, eles preferiram realizar o serviço sem ajuda do caminhão de mudanças”, garante Salomão Silva, assessor da Seides. 
Willane e Cynara: gestante teme ficar sem casa
De acordo com o assessor, a Seides havia solicitado que as famílias da invasão Marivan procurassem e escolhessem casas de aluguel naquela região. Algumas, no entanto, teriam deixado para última hora a procura pelos imóveis e por isso, até a manhã desta sexta-feira, estavam sem destino certo. “Nós esperamos que o problema seja resolvido durante o final de semana”, diz o asessor.
Por Helmo Goes e Aldaci de Souza
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