A mãe de um adolescente de 16 anos, estudante de uma escola particular de Aracaju, no bairro Atalaia, acusa um policial civil de apontar uma arma contra sua cabeça. O fato aconteceu no sábado, 26, durante um evento realizado no colégio onde o adolescente estuda. Na porta do ginásio da escola, onde acontecia o evento, o policial teria agredido um estudante com um murro e após a agresão ele teria se desequilibrado e caído. Diante da cena, o filho de Willianes, J.W.M., acompanhado de outros estudantes, teria partido em defesa do colega com chutes e pontapés contra o policial. Foi aí que o policial levantou-se com uma arma em punho e ordenou que ele deitasse no chão. Segundo Willianes, nesse momento o filho foi tratado como um marginal pelo policial civil, que algemou o adolescente nas grades da escola e apontou a arma engatilhada contra a cabeça do mesmo. Ainda de acordo com ela, um segundo policial, identificado como Sandro, chegou ao local pegando o estudante pelo pescoço e colocando-o dentro do seu carro particular. Plantonista Outra etapa de constrangimento começou no momento em que o menor vai prestar depoimento, segundo Willianes. “Meu filho foi levado para dentro de uma sala, onde estavam outras pessoas, acusadas de assassinato”, relata a mãe. Willianes conta também que foi impedida por policiais civis de entrar na sala na qual o filho estava. “Ficaram vários policiais sem fardas, na passagem de acesso a sala. Ninguém na delegacia fez nada para me ajudar”, desabafa Willianes. A semana Willianes também procurou a escola, onde o fato ocorreu, mas segundo a mesma a diretoria se nega a entregar as fitas onde foi registrado o momento da agressão, através das câmaras de segurança. “Estive na escola com uma solicitação das fitas, mas disseram que não podiam me dar para que eu não alterasse o conteúdo das gravações” declara. No entanto, segundo a mãe do adolescente, o filho da diretora, sensibilizado com a situação, lhe mostrou as imagens e tirou fotos do vídeo. “Tem tudo lá! Mostra o policial colocando a arama na cabeça do meu filho”, comenta Willianes. A versão do policial O policial Ubirajara Coelho afirma que não agrediu o rapaz depois de deixá-lo algemado no muro do colégio, mas que identificou que os adolescentes estavam consumindo bebidas alcoólicas dentro do estabelecimento. Ubirajara garantiu que não tinha ingerido bebida alcoólica naquele dia e diz que apenas sacou a arma para se proteger. “Fiz uso dela necessariamente e na medida do possível. Não extrapolei de modo nenhum. Eram cinco agredindo apenas um”, disse. O superintendente da Polícia Civil, o delegado João Batista Santos Júnior, afirma que a PC é um dos órgãos mais bem vigiados. Ele explicou que a mãe deve procurar a Corregedoria e se não estiver confiando no trabalho desenvolvido procurar o Ministério Público através da Curadoria do Controle Externo da Atividade Policial. O delegado Frederico Muricy, Corregedor Geral da PC, já tem conhecimento do caso. A escola A Diretora da escola, Jaciara, informou ao Portal Infonet por telefone que as fitas serão entregues à justiça no momento em que ela for acionada. Ela acrescenta que também não pode se pronunciar a respeito do fato, pois não estava presente no momento da confusão.
Segundo as declarações da mãe do estudante, Willianes Dias, tudo começou quando alguns alunos começaram a vaiar um colega que desfilava num evento promovido pelo estabelecimento de ensino. O menino chamou a mãe e a mesma chegou acompanhada do policial civil Ubirajara Coelho, que não estava fardado e que era amigo do esposo da mulher. Willianes Dias, mãe do estudante que teve arma apontada para a cabeça.
A Polícia Militar foi acionada e o adolescente foi retirado de dentro do veículo pelo PM. Com a chegada da mãe do menor, todos foram encaminhados à Delegacia Plantonista. Imagem registrada pela câmera de segurança na frente da escola
Durante os dias que sucederam o ocorrido, Willianes procurou por ajuda junto a um promotor, mas foi orientada a procurar a Delegacia do Menor e Adolescente. Chegando lá, segundo ela, foi orientada a procurar a Delegacia de Apoio aos Grupos Vulneráveis. Não obtendo resultado, a mesma foi até a Corregedoria de Polícia, mas foi informada que não poderia abrir outro processo. Imagem do policial algemando o adolescente
Na manhã dessa segunda-feira, 5, a mãe do adolescente procurou a imprensa para que possa ser ouvida. “Espero que dessa forma alguém possa me orientar e me ajudar”, finaliza Willianes. Imagem do adolescente sendo levado para o carro do policial
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