Secretaria da Fazenda suspende negociação com sindicatos

Um dos postos da Sefaz que está fechado por conta da greve
As atitudes tomadas pelo Sindicato do Fisco do Estado de Sergipe (Sindifisco) em desrespeito à decisão judicial que considerou ilegal a greve da categoria, agravadas na manhã da última quarta-feira, 16, com ações agressivas, levaram a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) a suspender a negociação até que o movimento paredista seja encerrado e os auditores I retomem as suas atividades normais.

A ante-sala do gabinete do secretário foi invadida por diversas pessoas com aparelhos de filmagem, causando tumulto durante boa parte da manhã. Inclusive, o fato ocorreu no mesmo instante em que se realizava uma reunião com técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no auditório, que fica ao lado.

O grupo também percorreu os setores da secretaria e pressionou os auditores a paralisarem as atividades e se retirarem do ambiente de trabalho, causando mais constrangimento. No Ceac-Aracaju, localizado na avenida Gentil Tavares, contribuintes foram impedidos de adentrarem e os que estavam no interior do prédio não puderam ser atendidos devido ao tumulto.

Diante dos acontecimentos, o secretário da Fazenda, João Andrade Vieira, decidiu também adotar medidas administrativas para garantir a integridade física das unidades fazendárias e principalmente dos servidores que estão exercendo suas atividades normalmente e nada têm a ver com o movimento paralisatório.

Reação

“Infelizmente, por conta do desrespeito à forma honesta e transparente com que as negociações estavam ocorrendo, não há mais estrutura para a manutenção deste diálogo. Lamentamos os fatos ocorridos e esperamos que a categoria haja com bom senso. Por isso, enquanto a greve perdurar nós entendemos que não há mais espaço para conversação”, disse o secretário João Andrade.

O secretário também informou que designou a Corregedoria da Secretaria da Fazenda para instaurar procedimentos – sejam sindicâncias ou até mesmo inquéritos, de acordo com a gravidade e o registro dos fatos – no sentido de coibir ações mais hostis. “Adotamos até aqui uma postura sincera e honesta para com os sindicatos, inclusive nos reunindo de forma extraordinária ainda que com a greve em curso e em momento algum deixamos de dialogar e nos colocarmos à disposição para auxiliar no encerramento da greve. Não havia motivos para que o movimento tendesse à radicalização”, lamentou.

O resultado da assembleia da categoria realizada na última terça, dia 15, também surpreendeu o secretário: “Recebi pela manhã a proposta que solicitamos do Sindifisco e deixamos acordado que na próxima segunda formalizaríamos um posicionamento sobre o conteúdo jurídico do documento, conforme o sindicato nos pediu. Porém, à tarde, durante a assembleia, a deliberação foi pela manutenção da greve, sob a justificativa de que não deveria haver corte de ponto. Essa é uma medida cuja lei obriga ao gestor adotar, por conta da decretação da ilegalidade do movimento. Ainda assim, antes da assembleia dei a garantia de que estávamos dispostos a negociar esta questão. Então, não havia motivos”, explicou.   

O Portal Infonet tentou entrevistar o presidente do Sindifisco, José Alberto Garcez, mas não obteve êxito.

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