Morte de Motoboy: PM deve se apresentar

O delegado Robério Santiago diz que PM é considerado foragido/ Foto:Portal Infonet
Na manhã desta segunda-feira, 28, familiares do motoboy Marcos Junior Nogueira Santana, de 27 anos, assassinado supostamente por um policial militar foram ao comando da PM pedir ajuda para prender o acusado.

Familiares disseram que na noite da última sexta-feira, 25, o policial militar identificado como Raimundo Nonato Gonçalves atirou no motoboy que faleceu no local. O acusado seria padrasto da namorada de Marcos Junior e teria atirado no jovem sem nenhum motivo aparente. O crime chocou a população do conjunto Rosa Elze, município de São Cristovão.

O delegado Robério Santiago que investiga o caso esclareceu que já ouviu familiares da vítima e vizinhos da namorada de Marcos Junior que confirmaram a autoria do crime. Ainda segundo o delegado, o PM irá responder ao processo como cidadão comum.

“O acusado vai a júri como cidadão normal, já realizamos diligências na residência do PM, mas não o encontramos. A partir desse momento ele é considerado um foragido da Justiça. Acredito que esta semana o caso seja concluído e vamos pedir a prisão do PM”, afirmou Robério Santiago.

Sobre as circunstâncias que o crime aconteceu, o delegado é enfático ao dizer que a vítima não teve tempo de defesa. “Não teve nenhuma briga com a vítima, ele discutiu com a mãe da namorada e atirou pelas costas de Marcos Junior”, ressalta o delegado, destacando que havia uma discórdia entre o ex-padrasto com as enteadas.

“Estamos ouvindo mais testemunhas, mas até o momento sabemos que o ex-padrasto não se dava bem com as duas enteadas”, conclui.

Vítima

Familiares do motoboy afirmam que Marcos Junior estava feliz com a grávidez da namorada que está no segundo mês de gestação e tinha planos de casamento. A morte do jovem aconteceu logo após a ceia de natal. 

Comando

De acordo com o capitão Marcos Carvalho, o policial militar fez contato com o comandante da 3ª companhia do 2ª batalhão e disse que irá se apresentar a qualquer momento. Ainda segundo o capitão Marcos, familiares da vítima chegaram a pedir proteção temendo represálias.  

“A família da vítima foi recebida pelo comandante coronel Santiago e nos colocamos a disposição para ajudar. Juridicamente o fato ainda é considerado flagrante e com calma e coerência nós vamos resolver esse caso”, afirmou o capitão destacando que o inquérito foi instaurado na tarde desta segunda-feira, 28.

Por Kátia Susanna

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