Conjunto arquitetônico franciscano em restauro. Foto: Sílvio Oliveira |
Primeira capital do Estado de Alagoas, Patrimônio Histórico do Brasil e cidade onde nasceu o Proclamador da República. Andar pelas ruas de Marechal Deodoro, no litoral sul de Alagoas, é retornar ao passado. Igrejas, casarios, sobrados e colônia de pescadores adornam o passeio pela terra do primeiro presidente da República.
Logo na entrada da cidade o turista tem a sensação de tranquilidade com a rodovia margeada por árvores dos dois lados. A capela de Nossa Senhora de Boa Viagem dá as boas-vindas e chega-se ao palácio Provinciano, envolto de casinhas coloridas típicas do interior do Nordeste.
O passeio está só começando quando turista chega mais a frente ao conjunto arquitetônico do Carmo, restaurado recentemente, que abriga o Convento e a Igreja da Ordem Terceira do Carmo. A pracinha em frente mostra uma cidade pacata onde os moradores ainda conversam pelas janelas.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Foto: Sílvio Oliveira |
Merece destaque especial o importante complexo formado pelo Museu de Arte Sacra, Convento de São Francisco e igreja de Santa Maria Madalena, atualmente em obras. Completam o cenário as igrejas do Senhor do Bonfim e a de Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora da Conceição, onde estão instaladas as imagens que compõem o Museu de Arte Sacra em reforma. Todas as igrejas datam do início do período de 1600 a 1800.
Visite a residência onde nasceu o primeiro presidente do país. A estrutura interna da casa passou por mudanças, mas há fotografias da família, mobiliários e inúmeros documentos históricos. O guia certamente contará histórias bem intrigantes da família, a exemplo da mãe do Marechal Deodoro que não gostava de ser fotografada.
Já na vila de pescadores situada na rua que margeia a lagoa Manguaba, a contemplação da natureza é lei. Veja as torres das igrejas do lado da cidade e contemple os barcos parados na região.
Casa onde nasceu Marechal Deodoro, hoje abriga um museu. Foto: Sílvio Oliveira |
É chegada a hora de dar adeus a historia, e caso ainda tenha fôlego, a dica a passar pela praia do Francês, localizada no município. Com mar calmo – no trecho protegido por recifes – e águas esverdeadas, tem movimento o ano inteiro.
Para quem quer apreciar guloseimas regionais, a Associação de Doceiras no polo gastronômico da Massagueira, pertinho de Maceió, pode ser uma boa pedida para comprar cocadas nas versões originais: branca e coco queimado. Sabores como banana, goiaba, maracujá, jaca e amendoim encantam os paladares dos turistas que gostam de se aventurar pelos sabores nordestinos. Também no polo da Massagueira há vários restaurantes de comidas regionais.
O dia é de passear pela cidade natal do Proclamador da República e seus familiares, visitar prédios históricoscom arquitetura barroca, além de obras de arte sacra e no finzinho da tarde, curtir o põr do sol na praia do Francês saboreando as cocadinhas da Massagueira. O passeio é bem alagoano ou não é?
Vista da cidade é lagoa Manguaba. Foto: Sílvio Oliveira |
Dicas de viagem
- É possível um bate e volta partindo de Maceió. Da capital até o município são 33km através do acesso à praia do Francês. O acesso é feito partindo pela rodovia litorânea AL 101, entrando no trevo à direita na praia do Francês, seguindo pela AL – 220.
- A cidade não possui uma infraestrutura turística própria de guiamento ou para atender bem com bons restaurantes e hotéis. Caso queira conhecê-la com o guia de turismo, procure um agente de viagem em Maceió.
- Muitas obras de arte sacra que fazem parte do acesso do Museu de Arte de Marechal estão em exposição na Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Com um pouco de paciência, o visitante poderá solicitar a algum dos ajudantes da igreja a visita.
- Paga-se uma taxa de manutenção de R$ 5 na Casa de Marechal Deodoro. Há uma visita guiada e vale a pena escutar as histórias, algumas delas bem curiosa.
Ensopado de ostras de mergulho. Prato encontrado nos restaurantes e bares de praia. Foto: Sílvio Oliveira |
Gastroterapia
O ensopado de massunim ou de ostras é um dos pratos principais da culinária alagoana. Os mariscos são catados nas areias das praias ou em criatórios e retirados da carapaça ou conchas. Cozinhados com leite de coco, bastante cheiro verde e azeite, o massunim e as ostras viram iguarias em todos os bares da praia do Francês. Os caldos de sururu e até mesmo de lagostas, camarão e lagostim também são bastantes pedidos. Acompanhados de limão, os caldos são bem-vindos ao descansar em uma das espreguiçadeiras dos bares da praia.
Na Bagagem
Festival do Caranguejo em Aracaju
No período de 27 de agosto a 07 de setembro a Passarela do Caranguejo,situada na Orla de Atalaia, será palco do I Festival do Caranguejo de Aracaju. Os restaurantes participantes farão concursos de pratos à base do crustáceo, haverá a escolha do rei e da rainha do caranguejo, além de distribuição de livretos de bolso com o objetivo de instruir o manuseio do caranguejo e dar dicas que vão desde a quebra do caranguejo, a sua degustação e receitas diversas tendo o crustáceo como ingrediente principal, sem esquecer de explicações sobre o defeso e a época ideal para o consumo.
Edição especial da Marinete do Forró
No período do Festival do Caranguejo, a Marinete do Forró voltará a circular pelos pontos turísticos de Aracaju, passando pelos hotéis e incrementando o passeio daquele que escolheram Aracaju como destino. Ponto positivo para o turismo de Sergipe.
Museus e Centros culturais em Aracaju
Nos últimos anos, Aracaju tem ganhando bons espaços culturais. O Museu da Gente Sergipana, o Palácio-Museu Olimpio Campos e mais recentemente o Centro Cultural de Aracaju, o Café-Bistrô Cacique Chá e o Espaço Zé Peixe. Há de convir que a programação e os acervos desses lugares dirão se seguirão como efetivos centros culturais. Museu sem acervo não existe. Centros Culturais sem programação também não. O tempo dirá.
Forró Caju 2015
A Prefeitura Municipal de Aracaju convida a imprensa sergipana para a divulgação da programação de atrações do Forró Caju 2015, nesta sexta-feira, 22, a partir das 7h30 no Centro de Atendimento ao Turista do Mercado Municipal Antônio Franco.
Complexo arquitetônico Tejupeba
O valor histórico e cultural da igreja e escola jesuítica Tejupeba, localizada em Itaporanga D’Ajuda, é imensurável. Uma pendenga judicial envolvendo os proprietários, o Ministério Público e o Iphan têm impossibilitado que as edificações históricas sejam restauradas. Enquanto não se resolve, o patrimônio vai às ruínas.
Roteiro turístico “Caminho dos Jesuítas”
Laranjeiras, Itaporanga D”ajuda e por fim Tomar do Geru são alguns dos municípios sergipanos agraciados com grandes edificações dos séculos XVII e XVIII realizadas pela Companhia de Jesus. Essas igrejas, escolas e casarões contam a história de Sergipe e bem que poderia ser viabilizado um roteiro para visitação.
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