Rio de Janeiro (RJ): doze atrações imperdíveis

Vista imperdível da Confeitaria Colombo

Alguns lugares não são tão tradicionais assim nas prateleiras das agências de viagens, mas carregam um simbolismo carioca sem igual. O Tô no Mundo elenca alguns passeios, sabores e atrações que devem ser conferidos por quem passa pela Cidade Maravilhosa nesta temporada de Jogos Olímpicos. Da tradicional feijoada do bar amarelinho, em pleno centro do Rio, às pataniscas portuguesas do tradicional boteco Pavão Azul, em Copacabana, o Rio de Janeiro é sempre uma boa pedida. Boa viagem ao Rio Maravilha.

Vista da Confeitaria Colombo/ Forte de Copacabana

A tradicional vista do Forte de Copacabana é citada em diversos cadernos de turismo como uma das mais belas do Rio. Imagine se unir a gastronomia da Confeitaria Colombo no local? Não dar outra. O café da manhã virou tradição para quem quer acordar e já começar o dia saboreando o melhor da Colombo e a vista de uma das praias mais famosas do Rio. Mas vale a dica: como o café da manhã ficou deveras famoso, as filas para entrar chegam a metros. Deixe para ir no almoço ou no chá da tarde. O pôr do sol entra como um coadjuvante.

Show de samba bem carioca

Roda de samba do Centro de Cultura Carioca

Em um sobrado da Rua do Teatro, bem pertinho da Praça Tiradentes, com janelas no avarandado com vista para o Real Gabinete Português de Leitura. O prédio tem muita história para contar porque lá funcionou o famoso Dancing Eldorado, frequentado por artistas como Ciro Monteiro, Raul de Barros, Mario Lago e Elizeth Cardoso.  Foi lá também que que o cantor Orlando Silva, então no auge de sua carreira, ouviu Carinhoso pela primeira vez, interpretada pelo próprio autor, Pixinguinha.
Hoje a roda de samba anima as noites do centro carioca, resgatando a alegria do local. O samba começa por volta das 20h e é cobrado R$ 40, a entrada.

Ruas de Santa Tereza e casarões

Flanar por Santa Tereza

De passagem pela Cidade Maravilhosa não deixe de ir ao bairro de Santa Tereza. O charme dos casarões, os bares e restaurantes, que vão desde os tradicionais aos sofisticados; a escadaria do artista Selarón ligando o bairro à Lapa; o Parque das Ruínas, os mirantes, além dos ateliês dos artistas. O bondinho que por muitos anos brindou os turistas com um bom passeio voltou a funcionar recentemente somente por um trecho.

Para chegar a Santa, táxi ou pegar os micro-ônibus que sobem em direção ao bairro. O último ponto antes de iniciar a subida fica na rua Gomes Freire, no quarteirão entre a Men de Sá e a rua do Riachuelo.

Vista das ruínas
Centro visto de Santa Tereza

Vista do Parque das Ruínas/ Santa Tereza

O parque fica ao Lado do Museu Chácara do Céu, perto da estação Curvelo, em Santa Teresa, na Rua Murtinho Nobre, 169, e tem uma das mais belas vistas do Centro do Rio. No local, a principal atração é a casa com o mirante.

Na casa construída no terreno que hoje é chamado Parque das Ruínas era de propriedade da “Marechala da Elegância”, dama da sociedade e herdeira de uma grande fortuna, Laurinda Santos Lobo. Ela comandava um dos mais efervescentes salões da Belle Epoque carioca, com convidados ilustres , a exemplo de Villa Lobos e a dançarina Isadora Duncan.

A casa teve suas ruinas aproveitadas em composição com novas estruturas metálicas, que criam caminhos e escadas, por onde pode-se caminhar no interior do casarão, subindo de nível à nível até chegar ao terraço e mirante de onde tem-se uma bela vista da cidade.
Após observar as vistas e explorar todo aquele espaço, existe também no local um Bar-Café e uma galeria de arte.

Feijoada

Feijoada do Amarelinho/ Praça Floriano Peixoto/ Cinelândia

Almoçar com vista para o imponente Teatro Municipal do Rio de Janeiro é uma boa dica. Principalmente saboreando uma tradicional feijoada acompanhada de uma caipirinha. Quer mais tradicional? Peça a feijoada no Amarelinho. O prato vem servido em panelinhas de barro, acompanhada de picadinho de couve, torresmo e laranja. É uma boa pedida para quem quer saborear as tradições cariocas.

Teatro e salão principal

Visita guiada ao Teatro Municipal

É um dos mais belos cartões-postais do Rio de Janeiro, para quem gosta de apreciar arquitetura e história. O luxo, requinte e tradição estão presentes em cada detalha de um dos mais belos teatros do país. Para se ter uma ideia, a época foram gastos na construção do teatro o mesmo valor que o Brasil arrecadava ao ano.

O edifício foi iniciado em 1905. Para decorar o edifício, foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para executar vitrais e mosaicos.

Antigo café

Finalmente, quatro anos e meio mais tarde , no dia 14 de julho de 1909 foi inaugurado pelo então presidente da República, Nilo Peçanha.

A duração da visita é de 45 min. O ingresso é adquirido na própria bilheteria do teatro, por R$ 20 (valor 2015), de terça a sexta-feira, às 12h, 14h, 15h e 16h, e aos sábados, 11h, 12h, 13h.

MAR e praça Mauá

Em tempo de Olimpíadas, a praça é a o centro de encontro de todo o mundo. Com a revitalização da região do porto, nada melhor que incluí-la num roteiro a pé pelo centro do rio. O Museu de Arte do Rio (MAR) foi inaugurado em 2013, interligando dois prédios, um mais moderno e ou outro mais antigo. Do quinto e sexto andar do MAR há uma vista bem interessante da praça Mauá e do futurista Museu do Amanhã, recém-inaugurado.

Vista do MAR
Praça Mauá é olímpica

As exposições "Leopoldina, princesa da Independência, das artes e das ciências", "A cor do Brasil", "Linguagens do corpo carioca [a vertigem do Rio]" e "Da natureza das coisas – Pablo Lobato" podem ser conferidas de terça a domingo, das 10h às 17h.

A exposição A cor do Brasil fica traz Obras de artistas Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Lasar Segall, Vicente do Rego Monteiro e Candido Portinari conformam um vibrante percurso pelo momento histórico em que o Brasil se inventava como nação, no qual a cor adquire papel crucial.

Rua do Ouvidor fim de tarde
Roda de samba do Arco do Teles

Rua do Ouvidor no fim de tarde

Há quem diga que os botecos e bares do bairro da Lapa já não estão tão atrativos assim. Por muitos anos reinando insuperável no comecinho da noite e na boemia do centro do Rio, a Lapa tem um concorrente de peso: os bares da rua do Ouvidor e adjacências no fim da tarde. Tem bares e restaurantes para todos os gostos, bolsos, sotaques e sons e gêneros. A dica é chegar logo após o expediente, por volta das 18h, para pegar um bom lugar nas inúmeras mesas expostas nas calçadas.

Do tradicional samba carioca no Arco do Teles, ao som brejeiro do Soul, os turistas se misturam com executivos engravatados no drink do fim de tarde. Vale a pena conferir.

Morro Dona Marta e Bar do Assis

Cerveja gelada no Mirante de Santa Marta

O turismo nas comunidades do Rio não é unanimidade, mas não se pode questionar que muitas delas têm as mais belas vistas panorâmicas da Cidade Maravilhosa.

E num domingo nublado, sem “dar praia”, o convite chama para a comunidade de Santa Marta. A subida é feita de teleférico e na terceira estação, o paraibano Assis proporciona uma cerveja gelada no bar do mesmo nome, com uma das mais belas vistas para Botafogo e praias do Rio.

O barzinho mercearia fica no badalado Mirante Santa Marta ou Mirante Michael Jackson. Ele conta suas histórias ao chegar na capital fluminense, enquanto o turista aprecia uma vista de encher os olhos.

Mureta da Urca
Mureta da Urca e vista

Mureta da Urca

No bairro da Urca, a tradicional mureta continua reunindo a galera jovem da cidade em busca da cervejinha self-service e de bons petiscos a preço camarada.  É um point descontraído, sem muito conforto, mas com uma vista inigualável. Em frente ao bar da Urca fica difícil encontrar uma frecha na mureta nos fins de semana. No ponto do Urca Grill a galera também se reúne e os preços são mais camaradas. Os dois bares possuem no cardápio os famosos pastéis de camarão e o bolinho de bacalhau com boa reputação e sabor à altura.

Patanisca do Pavão Azul – Boteco histórico

Patanisca do Pavão Azul

“Não é bolinho de bacalhau. É Patanisca”. Reclama as proprietárias, as irmãs Bete e Vera, do Pavanzinho, como é chamado o Boteco Pavão Azul, em Copacabana ao turista desavisado. Mas está perdoado. O barzinho é um dos típicos botecos do Rio de Janeiro frequentado pelos moradores do bairro Copacabana a mais de 50 anos. Não é por menos que a placa indica “Boteco Histórico”. Sem pestanear, peça as tradicionais Pataniscas é a bronca recebida será bem recompensada com o saboroso quitute dos deuses. A iguaria típica de Portugal, herdada dos legítimos balcões lisboetas, trazida para cá pela tradição do boca a boca, a patanisca é feita de nada além de bacalhau desfiado, acrescido de alguns temperos secretos, um bom banho de óleo quente e mais nada. Sem batata, farinha ou qualquer outra massa.

Rua Hilário de Gouvêia, 71, bairro Copacabana.

Missa com cantos gregorianos no Mosteiro de São Bento

Por si só o complexo arquitetônico formando pelo mosteiro e igreja de São Bento já valeria a pena a vista. Mais ainda, se visita-los aos domingos, quando acontece a missa católica acompanhada de cânticos gregorianos é de encher os olhos de emoção.

Não deixe de ver os detalhes da fachada Igreja Nossa Senhora de Monserrate, dos alpendres de telhado mouro e do portão de ferro alemão em art nouveau, colocado em 1880 após o original ter sido destruído por corsários franceses. A fachada em estilo beneditino clássico, contrasta com a área interna do templo, rica em detalhes, adornos e rebuscamentos, que exibe talhas barrocas recobertas de dourado e um exuberante estilo rococó na talha do altar, nos arcos e na capela.

Legenda

As estátuas de São Bento e de Santa Escolástica adornam as paredes direita e esquerda na entrada do altar-mor da igreja, além de Nossa Senhora do Monte Serreado (titular da igreja), e outras obras. Os sete altares ou capelas laterais ostentam imagens dos séculos 17 e 18: Nossa Senhora da Conceição, São Lourenço, Santa Gertrudes, São Brás, São Caetano, Nossa Senhora do Pilar e Santo Amaro.

Atualmente, existem visitas monitoradas à igreja, onde são apresentadas e explicadas as obras, imagens, talhas e estilos arquitetônicos, entre outros. A missa começa às 10h. Rua Dom Gerardo, 68, Centro.  (21.0) 2206-8100 (Fone). Horário de funcionamento: 7h às 18h.

Contato: silviooliveira@infonet.com.br

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