Os problemas emocionais e profissionais podem ter reflexos diretos na vida das pessoas e levar diversos casais a uma relação sem sexo. Mas até que ponte isso é saudável? É possível que uma relação sobreviva sem sexo? Quem esclarece as dúvidas é a psicóloga e sexóloga, Yris Souza.
“O que tenho visto dentro da área da sexologia é que muitas vezes o casal não pratica sexo em função de um não equilíbrio, seja no campo afetivo ou emocional, e que a falta da relação sexual vem como consequência dessa falta de equilíbrio e de emoções. As vezes, o casal briga muito, tem uma rotina puxada ou há um problema pessoal que está trazendo preocupações. Além disso, tem a questão da ansiedade que causa falta de orgasmo, libido ou impotência”, conta.
Na opinião da sexóloga, a falta de sexo não é saudável para os relacionamentos. “O ideal é que o sexo faça parte da relação porque é uma necessidade fisiológica. Quando não há o prazer sexual, é mais fácil as pessoas buscarem esse prazer em outros contextos, como na comida, no excesso de trabalho e até bebida”, explica.
“Se for uma coisa de comum acordo e o casal mantiver a cumplicidade e uma relação saudável do ponto de vista das emoções, a falta de sexo não seria um problema. Mas, eu nunca vi um casal que vive sem sexo, de comum acordo, ter uma relação saudável. Acredito que em uma relação afetiva amorosa, o sexo faça parte”, completa.
A sexóloga acredita que o interesse por sexo depende do equilíbrio entre corpo, emoções e mente. “Costumo dizer que três fatores ajudam a gente no interesse por sexo. Em primeiro lugar, o corpo e as nossas vontades fisiológicas. Em seguida, vem a emoção, se aquela relação está boa para mim ou se estou triste por algo na minha vida. Daí vem a questão mental, se estou preocupada ou ansiosa. Então, quando uma dessas coisas está em desequilíbrio, a relação sexual não vai ser tão potente’, detalha.
Yris revela que não há uma quantidade ideal de relações sexuais. “Não existe número ideal. O casal pode gostar de sexo uma vez por mês ou duas vezes todos os dias, mas o que vale mesmo é consensualidade e que a relação satisfaça os dois”, esclarece.
A profissional aconselha que os casais ousem e busquem o prazer em todo o corpo. “As pessoas entendem que o sexo é realizado somente na parte genital, mas é preciso usar todo o corpo, pois existem diversas terminações nervosas, que durante o carinho, proporcionam prazer. Nosso corpo é todo preparado para sentir prazer e às vezes, concentramos apenas na parte genital, esquecendo que as outras áreas fazem parte do contato sexual”, finaliza.
Para os casais que identificarem problemas na relação, a orientação é para que busquem ajuda na terapia. “Existe a terapia de casal que pode abranger a sexualidade. Isso é muito importante porque se o casal não está fazendo sexo por causa de problemas de comunicação, de situações que não conseguindo resolver ou de algum sofrimento que está sendo exposto, a terapia vai ajudar, pois amplia o conhecimento do casal sobre o que está acontecendo no relacionamento. Se o sexo tiver prejudicado por causa desses fatores, provavelmente vai melhorar depois do processo de terapia de casal.
por Verlane Estácio
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