Caroline de Alencar Barbosa
Graduanda em História na Universidade Federal de Sergipe
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
Bolsista COPES do projeto “Aracaju em tempos de conflito: Estudos dos espaços de lazer na Segunda Guerra” apoiado pelo Cnpq e pela /POSGRAP/COPES/UFS
Apoio dos projetos Memórias da Segunda Guerra em Sergipe (Pronem, FAPITEC/CNPq) e Quando a Guerra chegou ao Brasil: a submarinos e memórias mares de Sergipe e Bahia (1942-1945), (Edital Universal 2014/CNPq).
e-mail: caroline@getempo.org
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard
Trabalho apoiado pelo projeto "Quando a Guerra chegou ao Brasil: Ataques submarinos e memórias nos mares de Sergipe e Bahia (1942-1945)", Edital Universal CNPq 2014.
No ano de 2015 formam-se exatos setenta anos do fim do conflito considerado o maior da história da humanidade: A Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O mundo viu-se diante de um cenário que esperava não se repetir após os resultados desastrosos da Primeira Guerra Mundial.
Temos uma Alemanha ressentida pelas imposições do Tratado de Versalhes, que determinou restrições ao país desde o exército até o pagamento de impostos, tem o poder assumido pelo líder Adolf Hitler que propaga uma ideologia nazista de perseguição aos que não fossem considerados o padrão ariano “loiro, alto e dos olhos azuis”, além de promover uma política militar de tomada da Europa a fim lançar a Alemanha ao status de potência.
Para falar desse tema vários fatores podem ser citados dentre os que ficaram marcados na história e na memória dos que vivenciaram aquele período e até mesmo nas gerações posteriores. Muitos têm suas marcas nessa guerra que devem ser compreendidas.
Sendo assim, como esquecer, por exemplo, do Holocausto? Que dizimou judeus, perseguiu ciganos, negros, homossexuais mostrando que a capacidade humana de destruir seu semelhante não tem limites. Um historiador chamado Ian Kershaw já afirmou que “O caminho para o Holocausto foi construído pelo ódio, mas pavimentado pela indiferença”. Portanto, percebemos como as pessoas seguem uma ideologia com fervor sem parecer pensar no outro, nas consequências de seus atos e de que maneira suas posturas afetam o rumo dos acontecimentos.
A partir da Segunda Guerra Mundial temos o conhecimento da morte através das câmaras de gás, entendemos o poder de destruição humana por armas, tanques, aviões e submarinos. Podemos ver as imagens registradas de homens, mulheres e crianças submetidos à privação da liberdade e constante presença da morte nos campos de concentração. Além disso, descobrimos a força das bombas atômicas que destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki dizimando milhares de pessoas e deixando outras com sequelas, por vezes, irreversíveis.
É uma parte da história onde devemos homenagear os que lutaram, a exemplo dos pracinhas brasileiros integrantes da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que foram à guerra após os torpedeamentos ao litoral brasileiro em agosto de 1942. Da participação, inclusive sergipana, que viu corpos mutilados de vítimas chegarem às suas praias neste episódio.
Nesse sentido, este ano vemos o tema aparecendo em quase todos os filmes exibidos no cinema, até mesmo quando a temática não é a guerra ela é citada. As livrarias estão repletas de novos livros técnicos e literários, revistas e coleções sobre o tema. Percebe-se que é necessário relembrar, pois apesar de ser considerado um tema do passado temos resquícios do mesmo em nosso dia-a-dia. Dessa maneira, a intolerância dos fascismos são temas apropriados para a História do Tempo Presente. Se ideologias como essa ainda podem ser percebidas em nossa sociedade significa que não ficaram no passado, pois se ficaram porque ainda ocorrem?