É necessário, pelo menos uma vez por ano, relacionar as efemérides para inspirar as autoridades e a comunidade ligada a cultura, para destacar a ação intelectual e os méritos de cada um, nos campos diversos em que atuaram. São datas redondas, convidativas de eventos que possam apresentar aos sergipanos de todos os lugares, com seus méritos, seus esforços, suas contribuições. 2012 será um ano rico de datas simbólicas, nas quais vicejam os papéis desempenhados por cada um dos homens e das mulheres de Sergipe. Eis uma primeira lista de aniversariantes ilustres, alguns contemporâneos o que permite revisitas justas, capazes de fixar um conceito sobre cada personalidade:
Sesquicentenário de Nascimento de ETELVINA AMÁLIA DE SIQUEIRA (1862-2012), professora, poetisa e militante da causa abolicionista;
Bicentenário de Nascimento de ALEXANDRE PINTO LOBÃO (1812), magistrado;
Bicentenário de Nascimento de JOSÉ ALVES PITANGUEIRA (1812), sacerdote e professor, teve como aluno Tobias Barreto;
Sesquicentenário de Morte do MONS. ANTONIO FERNANDES DA SILVEIRA (1862), fundador da Imprensa sergipana, em 11832;
Centenário de Morte de ALFREDO MONTES JUNIOR (1912), professor;
Centenário de Nascimento de JOSÉ MACHADO DE SOUZA (22.1.1912), médico pediatra, foi Vice-governador e Secretário de Saude;
Centenário de Nascimento de JOSÉ ROLLEMBERG LEITE (19.9.1912), engenheiro, professoe e político, foi duas vezes Governador do Estado;
Centenário de Nascimento de AUGUSTO FRANCO (4.9.1912), médico, empresário e político, governou o Estado, foi Deputado Federal e Senador;
Centenário de fundação do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SERGIPE (1912), instituição que ficou conhecida como a Casa de Sergipe, ainda hoje em funcionamento;
Centenário de Dom AVELAR BRANDÃO VILELA (13.6.1912), sacerdote, com formação no Seminário Sagrado Coração de Jesus, como um dos Padres de Dom José, foi Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil;
Centenário de Nascimento de JOAQUIM SABINO RIBEIRO CHAVES (1911), empresário da indústria, benemérito da Associação Desportiva Confiança, presidiu o Banco do Estado de Sergipe;
Cada uma das personalidades, certamente ainda surgirão outras, passa a merecer a evocação dos seus nomes, seus feitos, suas ligações com o Estado e com o povo de Sergipe. Não há como ignorar figuras tão eminentes e destacadas, que viveram e cumpriram biografias ilustradas e singulares, aumentando o esforço de uma terra pequena, em sua dimensão geográfica, mas gigantesca quando a medida é a do pensamento, da cultura. Não é sem razão que Sergipe acumula uma fortuna crítica, que bafeja seus principais vultos que largaram as divisas fronteiriças e serviram ao Brasil, com suas inteligências.
Cabe, então, aos órgãos públicos, em geral, e aos grêmios culturais, a responsabilidade por manter viva a chama da participação, que destacou e consagrou, fora de Sergipe, muitos sergipanos que deram o contributo de suas reflexões e de suas obras.