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Atenção às cólicas menstruais, mesmo que essas dores afetem mulheres ainda na adolescência. Este alerta vem da ginecologista Sheila Caldas, especialista em colposcopia e sexologia clínica, que participou de audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira, 29, destinada ao debate desta temática, cuja atividade está incluída na “Semana de Prevenção à Endometriose e Infertilidade”, prevista no calendário estadual.
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Para a especialista, as pessoas costumam desprezar estes sintomas, tão característicos para o aparecimento da doença na fase adulta. “As mulheres, em especial as adolescentes, costumam encarar a cólica como senso comum: todo mundo tem, vai passar quando casar ou tiver filhos”, destaca a ginecologista. Mas as cólicas podem se traduzir como forte sintoma de que a doença aparecerá na fase adulta. E, como consequência, a mulher ficará sem condições de engravidar, conforme a ginecologista. Para evitar estes conflitos futuros, a ginecologista observa que essas reações no organismo não devem ser desclassificadas e a paciente deve buscar orientação médica.
Os ginecologistas e também pediatras, segundo avalia Sheila Caldas, estão preparados para atender os casos, mas a grande dificuldade ainda está no acesso ao diagnóstico, segundo a ginecologista. “É considerada como doença da mulher moderna, mas pouco diagnosticada”, analisa. Ela diz que o diagnóstico depende de análise anatomopatológica (biópsia), ou seja, retirada de material celular ou de fragmento de tecido do ser humano, com método invasivo [de forma a proporcionar o menor dano possível à integridade do paciente]. As alternativas de diagnósticos ainda custam caro e só devem ser feitas por profissionais especializados. “Não é qualquer ultrassonografista que tem condições de ver foco de endometriose, precisa ser treinado para isso”, observa.
A doença só é diagnosticada na fase adulta. “Quando a mulher entra na idade reprodutiva e deseja engravidar e não consegue”, ressalta a ginecologista. Mais um motivo, conforme Sheila Caldas, para as adolescentes observarem e darem maior atenção às dores pélvicas e às cólicas menstruais. “Logo na primeira menstruação, as pessoas devem estar atentas porque o diagnóstico precoce ainda é a melhor prevenção”, destaca.
por Cassia Santana
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