O Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estado de Alagoas e Sergipe (Sindipetro) denuncia que a Petrobras hibernou 25 plataformas marítimas em Sergipe e a extração de petróleo está definitivamente paralisada. Procedimento, na ótica do sindicalista Alealdo Hilário, diretor do Sindipetro, semelhante ao adotado com a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), cuja hibernação foi iniciada no final do mês de janeiro.
Para Alealdo Hilário, a estratégia da Petrobras é articular leilões para vender todos os equipamentos, a preços baixos, o que provocará, na visão do sindicalista, grande prejuízo para a economia do Estado e dos municípios sergipanos. O Sindipetro, conforme o diretor, também já recebeu notificação da Petrobras, através de Circular Interna [correspondência interna utilizada como meio de comunicação entre a diretoria da empresa e funcionários], sobre a estratégia mais recente anunciada pela própria estatal em nível nacional: a transferência dos trabalhadores, especialmente, dos profissionais ligado à geologia e geofísica, que passarão a dar expediente no Estado do Rio de Janeiro.
Transferência
A medida atinge outros Estados das região Norte e Nordeste. Em Sergipe, segundo cálculos de Alealdo Hilário, deverão ser transferidos pelo menos 800 trabalhadores. A medida é criticada. Para o Sindipetro, a transferência dos profissionais gera instabilidade ao trabalhador, que já fixou residência há anos em solo sergipano e também, como já mencionado, para a economia interna, afetando diretamente os municípios que possuem nos royalties repassados pela estatal a principal fonte de receita.
Há uma estratégia, conforme o sindicalista, para leiloar equipamentos e unidades da Petrobras e a estatal ficará com apenas 20% do seu patrimônio. Na ótica do sindicalista, a estratégia é vender a parte lucrativa da estatal e isentar a multinacional que adquirir o patrimônio leiloado de repasse de royalties, sejam aqueles destinados para os Estados, para os municípios e até mesmo para a própria União, conforme o desta Alealdo Hilário.
A Petrobras informa que decidiu pela centralização das atividades de Exploração (Geologia e Geofísica) na sede da empresa, no Rio de Janeiro, onde já é realizada a maioria das atividades desta área. A concentração dos profissionais de Geologia e Geofísica garantirá maior robustez aos projetos exploratórios e de seus resultados. As unidades operacionais não serão afetadas por esta centralização. Esta reorganização foi aprovada em 2016 pelo Conselho de Administração da Petrobras, na ocasião da última grande reorganização da companhia. Trata-se de um processo de implantação gradual que será concluído em 2020.
por Cassia Santana
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