Edvaldo,saída do PCdoB,conflito e concepção ideológica que se exauriu

 

 

“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

Na última terça-feira, 30, ao conceder entrevista a Carlos Ferreira, no programa Espaço Livre (103 FM), o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, confirmou que deixará o PCdoB, mas não confirmou que vai para o PDT.

Para quem não sabe quando Edvaldo, que é alagoano, veio para Aracaju estudar medicina na UFS e junto com Carlos Cauê, Vilela, Carlão, Bosco Rolemberg, Ana Côrtes, Tânia Soares e outros foi o responsável pela fundação do PCdoB após a redemocratização do país. Edvaldo foi líder estudantil e se tornou vereador por Aracaju.

A década de 80, com a redemocratização do país,a sede de  liberdade e a ideologia partidária eram fortes. A dita esquerda nunca tinha chegado ao poder e, principalmente, a juventude estudantil militava ideologicamente e nada mais. O que mudou? Mudou a concepção do mundo e as contradições apareceram em todos os partidos com suas ideologias. O titular deste espaço foi militante estudantil do Partidão (PCB), na década de 80, comandando o então centro cívico da ETFSe, hoje IFS, e fundando a Umesa em 1985 para fundar grêmios estudantis em Aracaju. O que se pensava naquele tempo ideologicamente os anos mostraram os erros na prática nos países que dizem propalar a filosofia marxista e na verdade muitos deles se transformaram em ditaduras.

Edvaldo Nogueira mudar de partido depois de 38 anos não é incoerência. Seria incoerência ele continuar num partido que tem uma ideologia clara, mas que hoje destoa na prática da própria concepção de Estado democrático e de um modelo administrativo esgotado na atual economia globalizada e na era digital.

A discordância de Edvaldo com o que hoje prega o partido está sendo exposta porque ele é detentor de um mandato. A verdade que este conflito ideológico existe em muitos que defenderam uma concepção de Estado que na prática se exauriu completamente.

 

Licitação do Lixo de Aracaju: apesar de decisão judicial, Torre continua realizando o serviço O Jornal do Estado da TV Atalaia, emissora da Rede Record, exibiu uma matéria de quatro minutos mostrando que mesmo com a decisão judicial a Prefeitura continua com o contrato com a empresa Torre. De acordo com a matéria, o TJSE determinou que a empresa Tecnal Ambiental assumisse o serviço porque atendeu todas as exigências e apresentou preço menor. A justificativa da Prefeitura de desclassificar a Tecnal Ambiental por conta de um mero endereço não foi aceita pelo TJSE. “Isso nos ajusta e mostra que existem questões que precisam ser investigadas no lixo de Aracaju.” Veja toda a matéria:

 

 

PMSE: Advocacia Christian Cruz tem nova vitória na justiça E o escritório de advocacia Christian Cruz vem obtendo vitórias seguidas na justiça em várias áreas, entre elas pelos direitos dos policiais militares de Sergipe. Uma decisão recente foi promovendo em ressarcimento de preterição ao mesmo tempo a “capitão”, “major”, “tenente-coronel” um oficial médico da PMSE que foi “reintegrado” em 2016 pelo mesmo escritório de advocacia após uma luta de longos 10 anos. Mesmo com toda luta para a reintegração e a vitória na justiça Christian Cruz teve que entrar com uma nova ação para o oficial ser promovido nas patentes previstas em lei.

Entenda o caso O oficial tinha ingressado em 2006 na PMSE através de concurso público para oficiais médicos na área de cardiologista. E realizou o curso de formação de dez meses e no último dia mandaram o 1º tenente e sua  família que estava na solenidade para casa, com a desculpa que ele não tinha idade pedida pelo concurso. Depois de 2016, após vários recursos até o STF ele foi reintegrado as fileiras da PMSE e deveriam observar as patentes que teria direito durante todo o tempo. Ou seja, após 10 anos teve que ingressar novamente com outra ação para ter garantida a lei de promoção dos oficiais. Foi o que a Justiça determinou agora com a vitória da advocacia Christian Cruz. Ainda cabe recurso ao governo estadual.

Lei para queijo artesanal em Sergipe protege tradição e garante inovação Deu no jornal o Estado de São Paulo na última terça-feira, 30:O queijo coalho, um dos mais tradicionais do Nordeste, é de longe o mais popular em Sergipe. Mas ele não está sozinho. Prevendo a tendência de produzir queijos especiais em pequena escala, alguns produtores se reuniram e solicitaram a preparação de uma nova lei para o queijo artesanal. Ela foi aprovada na Assembleia Legislativa no dia 17 de abril e sancionada nesta segunda (29) pelo governador Belivaldo Chagas (PSD). Toda matéria aqui.

André Moura em Socorro No fim de semana o ex-deputado federal André Moura esteve na Tenda Cultural do conjunto João Alves, em Socorro, onde entregou, ao lado do prefeito Padre Inaldo, três veículos e Kit Aparelhagens para os Conselhos Tutelares do município, frutos de emendas do mandato parlamentar dele. A secretária de Assistência Social, Carminha, disse que a chegada dos kits irão reforçar as atividades que já são desenvolvidas pelos conselheiros e que graças a Deus receberam.

Grupos políticos liberais iniciam formação de blocão Apos reunião à portas fechadas com dirigentes de alguns dos maiores grupos liberais em Sergipe, o Movimento Brasil200 firmou uma aliança estratégica que promete dar o que falar. O conhecido grupamento chamado Direita Sergipana e o renomado Instituto Liberal de Sergipe fecharam com o Brasil 200 um acordo de alianças, com foco em ações em conjunto e pautas em comum com objetivos na pavimentação de apoio a um grupamento viável para as eleições de vereadores e prefeitos nas mais diversas cidades de Sergipe. Segundo os integrantes do grupo, a capital terá uma especial atenção.

Aliança O líder do grupo Direita Sergipana, Flávio Oliveira, comemorou a aliança: “Estamos felizes e otimistas com essa união com o Movimento Brasil 200, no qual vemos muitas semelhanças e convergências nas pautas que defendemos, como a Nova Previdência. Defendemos uma economia liberal para nosso país e nosso estado e valores conservadores para a sociedade.”

Aliança II Já o Presidente do ILISE, Prof. Leonardo Lisboa, afirmou: “O Instituto Liberal de Sergipe soma-se ao Movimento Brasil 200 com o objetivo de trabalhar na construção de uma Aracaju mais próspera e mais livre para todos; uniremos forças para tornar nossa cidade um exemplo de boa vivência que deverá por inspirar outras tantas cidades Brasil afora. Lutaremos em conjunto para não sermos mais reféns do coronelismo que impera em Sergipe.”

Aliança III O Coordenador do Movimento Brasil200, o publicitário Lúcio Flávio Rocha avisa: “Nossa formação não para por aí. Outros movimentos estão vindo também e em breve estaremos anunciando as novas parcerias. Unidos e juntos, seremos o maior agrupamento liberal da história política de Sergipe. Isto se refletirá em militância e poder de fogo para influenciar nas próximas eleições”.

 

Mulheres são destaque na Revista Advogados A Revista Advogados, produto da Remacre Comunicação, acaba de lançar a quarta edição. Para celebrar, foi realizado o lançamento na última terça-feira, dia 30 de abril, na loja Srta. Maison, localizada na Galeria Ully Cavalcanti, no Loteamento Garcia. Compareceram ao prestigiado evento, algumas personalidades importantes do Direito em Sergipe, entre elas, Emília Corrêa, defensora pública e vereadora; Danielle Garcia, advogada; Eunice Dantas, procuradora da República, e Rose Morais, advogada, que ilustram a capa desta edição especial. Nela, há relatos de outras mulheres atuantes, que revelam a competência e a força delas no fazer jurídico. Ao som de boa música e degustando deliciosos canapés, os convidados confraternizaram e eram só elogios à nova publicação.

Começa hoje, 02, Congresso Internacional em Defesa da Vida em Aracaju Organizado pela

A programação do Congresso.

Rede Nacional em Defesa da Vida e Família, começa hoje, 02 e segue até o sábado, 04, o Congresso Internacional em Defesa da Vida em Aracaju. O evento será sediado no Quality Hotel na Coroa do Meio. Apenas a cerimônia de abertura hoje, 02, às 15h, ocorrerá na sede do Tribunal de Justiça no centro de Aracaju.

Ministra estará presente O evento vai reunir diversas autoridades na defesa da vida humana no Brasil e no mundo, entre as quais a ministra Damares Alves (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e a deputada Janaína Paschoal (PSL-SP). A Arquidiocese de Aracaju estará representada pelo padre Anderson Pina, mestre em Bioética.

 

Japaratuba: Pedido de isenção do IPTU vai até 31 de outubro O cidadão que se enquadra dentro do processo de isenção do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), para o ano de 2020, tem até o dia 31 de outubro deste ano para requerer sua isenção. Para tanto, basta procurar o Setor de Tributos da Prefeitura de Japaratuba, com documentos originais, das 07:00 horas às 13:00 e fazer o requerimento.

Prazo legal De acordo com o Setor de Tributos, caso a solicitação não seja feita dentro prazo legal, o imposto será lançado integralmente e deverá ser pago regularmente. A isenção é um benefício concedido pela Prefeitura e é importante que as pessoas que tenham esse direito assegurado façam o requerimento dentro do prazo que vai até 31 de outubro de 2019.

PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018                                                               

A médica Celi Marques nova integrante da Academia Sergipana de Medicina.

 

Gente Sergipana – Celi Marques. Por Antônio Samarone: “Médica cardiologista, coordenadora da UTI do Hospital São Lucas. Formada em 1981, na UFS. Referencia de gentileza e competência. A filha de Dona Nina e Maria Rosa, engradece a medicina sergipana. Vai assumir uma cadeira na Academia Sergipana de Medicina. Seja bem vinda…”

 

CPRv na João Bebe Água O posto da CPRv da rodovia João Bebe Água será revitalizado. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Segurança, João Eloy, durante reunião com o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana. O gestor comemorou a notícia, pois acredita que o posto irá melhorar a segurança de quem trafega pela via.                                                                                                                                             

Homenagem a Beth Cardoso Por Zenóbio Melo, jornalista: “Quando fiz a campanha de Jackson Barreto para prefeito de Aracaju em 1985 (apresentava os comícios), apresentei o show da Beth no Conjunto Augusto Franco, numa memorável noite de sábado. Ela chegou com os músicos e ficou ouvindo eu apresentar os candidatos, para em seguida ela encerrar o showmício. Quando terminou de cantar, agradeci a ela/músicos a beleza de show que acabara de fazer. Beth me deu um abraço e disse: “mineiro, tu tem uma voz doce, sonora e linda”. Eu falei pra ela que era do Piaui e morava em AJU. Aí, a irmã dela disse: “temos parentes em Parnaíba e Teresina, conhece o Adílson Carvalho? É nosso tio.” Estou triste com a morte da Beth.”                                                                                                                   

 

Campeonato sergipano de Karatê O Clube de Karatê União conseguiu 7 medalhas de outro com 11 atletas participantes do Campeonato Sergipano de Karatê. E o grande destaque aos 41 anos foi o professor Yoakan Jócelis que conquistou na sua categoria outro no kata e outro no komite, mostrando que a experiência e treino corretos valem muito. O professor Yoakan foi mas uma vez chamado para ingressar na seleção master de karatê. E agora espera um apoio para poder viajar a República Tcheca onde será o Mundial de karatê da SKIF.

 

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WORKSHOP

Perspectivas para a construção civil em Sergipe

A nova economia mundial através da nova economia globalizada e digital foi um dos temas debatidos no Workshop: perspectivas para a construção civil 2019-2022, promovido pela ASEOPP (Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas) e pelo Sebrae-SE, numa idealização da Projeção Consultoria Estratégica e apoio do CREA/SE e do Clube de Engenharia.

Com vasta experiência nacional e internacional, o engenheiro e presidente da Urban Sistems, Thomaz Eduardo Barbosa Assumpção destacou a importância de estudos de lógica urbana, inteligência estratégica e analise de risco de investimentos. “Não podemos perder a dimensão mundial numa econômica globalizada e digital. O que interessa no mundo é aprender a planejar diante da nova realidade”, explicou.

Thomaz deu vários exemplos de mudanças rápidas por conta das novas tecnologias e que essa lógica também está atingindo a construção civil. “E depende da gente olhar daqui para frente e como a construção civil tem atributos e sempre foi a grande indutora do crescimento no Brasil”, disse, afirmando que é interpretar o risco faz parte desta nova demanda. Ele citou o índice construído pela Urban Sistems que foi adotado pela revista Exames com o ranking das melhores cidades do país através de 11 eixos e 70 indicadores. Em 2018 Aracaju ficou entre as 100 cidades.

Outro exemplo dado por Thomaz Assumpção foi o projeto idealizado pela Urban Sistems na cidade de Uberlândia (MG) onde foi implantado um bairro (Granja Marileusa) planejado e inteligente numa área onde era uma fazenda. “A lógica é pensar numa cidade descentralizada com diversos centros independentes equilibrados, com desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e toda infraestrutura logística. Tudo voltado para o lazer, trabalho e moradia de acordo com as necessidades e anseios da população,” explicou, acrescentando que essa é a tendência mundial e que o Brasil seguirá.

Perspectivas para 2019 – A assessora econômica do Sindiscon/MG, economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Maria Pereira Vasconcelos discorreu sobre as perspectivas para a construção civil e apresentou índices e dados dos últimos abordando a crise econômica que foi a pior do século atingindo em cheio a construção civil. De 2014 a 2018 a construção civil apresentou uma queda de 27,7%, enquanto a economia registrou uma queda de 4.0%.

Com números Ieda Vasconcelos mostrou que a expectativa do Brasil crescer 2,2% em 2019 não é mais real. A prévia do BC do PIB dos primeiros meses indica um crescimento estável de 0 a 0,3%. “Em 2019 o passo ainda está lento muito mais do que se esperava. E demora da reforma da previdência gera instabilidade macroeconômica e falta de a segurança na economia do país também refletem isso”, disse apresentando diversos números da construção civil em Sergipe que acompanhou a queda seguindo a economia. Segundo dados de 2014 a 2017 Sergipe perdeu 9 mil vagas de carteira assinada na construção civil. Outros dados mostraram que apesar da queda na construção civil o mercado imobiliário reagiu em 2018 seguindo a tendência de todo o Nordeste. Os índices também mostram que os empresários da construção civil continuam em 61% com as perspectivas para a área.

A economista Ieda Vasconcelos explicou que o passo ainda continua lento porque depende da evolução brasileira e dos reflexos da reforma da previdência com vários cenários do crescimento do PIB que refletem também nos indicadores de confiança da economia.

Mesa Redonda – Após as palestras foi realizada uma Mesa Redonda tendo como mediador o engenheiro Emerson Carvalho. Os integrantes responderam inicialmente uma pergunta de Emerson sobre qual o papel de cada um na concretização do futuro para o setor. A economista Ieda voltou a lembrar que o pior já passou e os dados mostraram que o fim do poço já foi embora. “E já conseguimos subir numa velocidade não tão grande como queríamos”, disse.

Presenças – O evento contou com a participação expressiva de engenheiros, empresários e estudantes. Algumas autoridades também estiveram presentes como o superintendente regional da Caixa, Diego Carrara, o secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Ubirajara Barreto, o presidente da Emurb, Sérgio Ferrari, o presidente do DER/SE, Anselmo Luís, presidente da Deso, Carlos Neto, o gerente da unidade de atendimento coletivo do Sebrae/SE, José Leite, que ao lado do vice-presidente da ASEOPP, Geraldo Majela, e do empresário Alisson Souza, da Projeção Estratégica, falaram na abertura do evento destacando a importância da parceria e do tema abordado para fortalecer a construção civil em Sergipe. O administrador e gerente regional de Negócios e Construção Civil da Caixa, Rubens Fulber fez uma explanação dos investimentos da Caixa na área e os produtos oferecidos para os empresários.

NOTA DE REPÚDIO À EXTINÇÃO DE CARGOS EFETIVOS DO MPSE

O Sindicato dos Trabalhadores Efetivos do Ministério Público de Sergipe – SINDSEMP-SE – repudia com veemência a decisão arbitrária e antidemocrática da gestão do órgão em extinguir 53 cargos do quadro de pessoal e pela intenção de contratação de 25 cargos comissionados para seu quadro de pessoal.

Conforme a Resolução 06/2019, está descrita a extinção de 33 cargos de Analista e outros 20 cargos de Técnico, ao passo em que são criados 10 cargos em comissão simples de Assessor Operacional e mais 15 cargos na função de Assessor Operacional Funcional (nível superior). O documento ainda transforma cargos de Assessor do PGJ com a nomenclatura de assessor institucional operacional e cria 20 funções de confiança. Trata-se de mais uma medida estatal para precarizar as relações de trabalho em plena semana que se comemora o Dia Internacional do Trabalhador.

A decisão do Colégio de Procuradores de Justiça é vista pelo Sindicato como um grave equívoco, pois as pessoas que estão estudando para concursos – o meio mais democrático de ingresso no serviço público – estão sendo desprestigiados com essa decisão.

Indo na contramão do desenvolvimento e fortalecimento das carreiras da instituição, com a revogação desses cargos efetivos, o MPSE deixará de ter concurso justamente num momento em que é necessário intensificar o processo de democratização dos órgãos públicos no Brasil e em Sergipe.

O Ministério Público retrocede na sua função de fiscal da lei e, ao privilegiar cargos em comissão em desfavor de concursados, dá um passo para trás nesse processo, abalando de forma constrangedora a credibilidade perante a sociedade.

Vale frisar que houve uma época em que o MPSE era ocupado basicamente por comissionados, situação que começou a mudar em 2009 após realização de concursos públicos. De forma enfática, o SINDSEMP-SE reforça que não se pode admitir que a instituição volte a ser um órgão repleto de comissionados e, pelo contrário, que continue sua trajetória no objetivo de ser integralmente democrático no ingresso de profissionais qualificados no seu quadro de trabalhadores e trabalhadoras.

DIRETORIA EXECUTIVA DO SINDSEMP-SE

ARTIGO

Dona Cidinha, uma referência de vida Por Bertulino Menezes

Muita gente me conhece em Aracaju. E a maioria sabe que minha principal atividade são as feiras livres, com as quais tenho uma ligação há mais de 22 anos.

Isso me permitiu um convívio com pessoas que passei a respeitar, pela dedicação que têm a esse tipo de comércio.

Mas convivo também com uma realidade difícil de aceitar. Conheci, por exemplo, Dona Cidinha, mãe de quatro filhos, e que frequenta as feiras há muito tempo. Mas não vai para comprar. Ela fica esperando as barracas serem desmontadas para recolher alguns alimentos. Na realidade, são restos descartados pelos feirantes. Frutas, legumes, verduras, tudo que ela pode levar pra casa, coisas que vão servir de alimento para a família.

Um dia, Dona Cidinha me disse: “tenho vergonha, mas meu marido ganha salário mínimo e o dinheiro não dá pras despesas. Ele é pedreiro, trabalha em prédios pela cidade, faz bicos sempre que pode. E eu faço faxina, quando aparece”.

Mas a fome está sempre presente na casa de Dona Cidinha, “principalmente quando alguém fica doente”, diz ela. “A gente sempre tem que escolher entre comprar o remédio e sacrificar alguma coisa, às vezes um pedaço de carne, ou atrasar a conta da luz”.

Acabei indo conhecer a família, a convite de Dona Cidinha. Crianças lindas. Uma delas me disse que o sonho era ganhar uma boneca que fala, e um chuveiro com água quente! O pedreiro Zé ainda cultiva outros sonhos: estudar os filhos, ter uma casa decente e um carrinho na garagem…

Sonhos difíceis de realizar. Vivendo com pouco mais de um salário mínimo, a mudança de classe se torna quase impossível. “Breve, as crianças vão ter que trabalhar, para ajudar”, diz o pai.

Gostaria muito que nossos políticos tivessem essa experiência de um dia na periferia. E que batalhassem de verdade para fazer cumprir o que manda a Constituição, ou seja, que o trabalhador tenha um salário capaz de atender às necessidades básicas da família: moradia, alimentação, educação, lazer, previdência social… Só não dou risada, porque seria uma agressão a essas famílias. Sei que a maioria dos políticos desconhece essa realidade.
salário mínimo, que lute pelo acesso dos mais humildes à educação, ao ensino profissionalizante. Precisamos de uma reforma tributária, que dê equilíbrio também ao empregador. Contudo, apenas mudaram a data de reajuste do novo salário: agora, é em janeiro, e não no 1º de maio.

São cerca de 48 milhões de trabalhadores tendo como referência um salário mínimo muito baixo. São milhões de aposentados recebendo pagamentos degradantes. E temos um salário-reclusão de quase 1.400 reais… Sem contar a aposentadoria de deputados e senadores, que hoje receberiam, por toda a vida, algo em torno de 34 mil reais por mês. Proventos que ainda permanecem com os herdeiros, depois da morte desses políticos, que só precisam trabalhar oito anos para obter esse direito.

Algo está errado. Algo precisa ser feito para que Dona Cidinha não precise mais recolher restos nas feiras. Algo precisa ser feito em favor da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho.

Facebook: Bertulino Menezes
Instagram: @bertulinomnz

ARTIGO

Uma dádiva do Colégio Agrícola Benjamin Constant Por Ailton Francisco da Rocha*

Até o final dos anos 70, estudantes de vários municípios sergipanos e até mesmo de outros estados, procuravam complementar a sua formação secundária com um curso profissionalizante de Técnico em Agropecuária no então Colégio Agrícola Benjamin Constant situado no Pov. Quissamã, município de São Cristovão/SE, bacia hidrográfica do rio Poxim, afluente do rio Sergipe.

Conclui o curso em 1978 na gestão do Engenheiro Agrônomo Laonte Gama e a nossa turma promoveu em janeiro de 2019 na Chácara Alvorada do colega Miguel Britto o encontro de 40 anos. Foi um momento sublime de recordações, felicidade e comunhão, pois todos se tratavam como irmãos. De fato a convivência de jovens adolescentes em um internato se transforma num grande aprendizado de vida e o colégio nos incutiu princípios de moralidade, civilidade, patriotismo e a disposição para o trabalho.

Atualmente no espaço funciona o IFS – Instituto Federal de Sergipe, Campus São Cristóvão. Ao consultar a página http://www.ifs.edu.br/sobre-o-campus-sao-cristovao, em 01/05/2019, sou agraciado com a sua história.

Antes chamado de Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão, tem sua origem no Patronato São Maurício, que fora criado em 1924 fundado pelo então Presidente do Estado, Maurício Graccho Cardoso e oferecia curso de aprendizes artífices a crianças e adolescentes com problemas de ajustamento social e emocional.

Em 1926, o Patronato teve sua denominação modificada, passando a se chamar “Patronato de Menores Francisco de Sá” em homenagem ao Ministro da Aviação do governo Artur Bernardes. Em 1931, o interventor federal, Augusto Maynard Gomes, modificou a denominação do Patronato, que passou a se chamar “Patronato de Menores Cyro de Azevedo”.

Em 1934, dez anos após a sua criação, o “Patronato de Menores” foi federalizado e por Decreto denominado “Aprendizado Agrícola de Sergipe” e, em 1939, passou a “Aprendizado Agrícola Benjamim Constant”. A partir de 1943, é autorizado a manter cursos de Ensino Rural com duração de 3 (três) anos, destinados à formação de trabalhadores rurais.

O programa de ensino agrícola de grau elementar e médio foi institucionalizado, no Brasil, pela Lei Orgânica do Ensino Agrícola, Decreto Lei nº 9.613, de 20/08/1946, e artigos 2º e 4º do Decreto Federal n.º 22.470, de 20/01/1947, que apresentava a seguinte inovação: criação de escolas agrícolas, que deveriam funcionar em regime de internato, onde seriam ministradas as quatro séries do 1º ciclo (Ginásio Agrícola) e as três séries do 2º ciclo, atribuindo-se aos concluintes o diploma de Técnico em Agricultura.

Naquele momento, em Sergipe, o Aprendizado recebeu nova denominação passando a se chamar “Escola de Iniciação Agrícola Benjamin Constant”, ministrando o curso de Iniciação Agrícola, em dois anos, para qualificar operários e complementando em mais três anos para concluir o curso de Mestria Agrícola.

Em 1952, quando a escola passou a ministrar os ensinos primário e ginasial, foi denominada “Escola Agrícola Benjamin Constant” com o objetivo de formar técnicos agrícolas, mantendo dois cursos: o de Técnico em Agropecuária e o de técnico em Economia Doméstica.

Em decorrência da Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), as Escolas Agrícolas passaram a ser denominadas de Colégios Agrícolas, ministrando as três séries do 2º ciclo (Colegial) e conferindo aos concluintes o diploma de Técnico. Tal iniciativa foi viabilizada com base no Decreto-lei n.° 9.613 de 20 de agosto de 1946 – Lei Orgânica do Ensino Agrícola, cujo artigo 1º prescreve, in verbis: “Esta lei estabelece as bases de organização e de regime do ensino agrícola, que é o ramo do ensino até o segundo grau, destinado essencialmente à preparação profissional dos trabalhadores da agricultura”.
Em 1967, através do Decreto n.°60.731, os Ginásios Agrícolas passam a ser subordinados ao Ministério da Educação e da Cultura, vinculados à Diretoria de Ensino Agrícola (DEA) e, posteriormente, em 1970, à diretoria de Ensino Médio (DEM).

Em sintonia com o modelo desenvolvimentista adotado pelo governo, as escolas buscam ajustar suas ações às demandas decorrentes do surgimento de grandes empresas voltadas para o desenvolvimento de tecnologias agrícolas, cuja base metodológica fundamentava3se na educação para o trabalho, com a premissa filosófica do “aprender a fazer e fazer para aprender”. Competiam aos discentes as tarefas, desde a plantação até a comercialização, preparando-os para a administração de propriedades agrícolas. A produção e o trabalho eram as bases educativas que fundamentavam esse modelo de ensino.

A denominação Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão-SE adveio com o Decreto n.° 83.935 de 04/09/79, cujo teor alterou a denominação dos estabelecimentos de ensino subordinados à COAGRI.

Com o advento do Decreto n.º 93.613/86, extingui3se a COAGRI e cria-se a Secretaria de Ensino de 2º Grau – SESG, que absorveu as atividades do referido órgão.

Em 1990, o Decreto n.º 99.244/90 reorganiza a Administração Federal transformando a SESG em Secretaria de Educação Tecnológica – SENETE e posteriormente, em 1992, em Secretaria de Educação Média e Tecnológica – SEMTEC.

Em 17 de novembro de 1993, a Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão é transformada em autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação e do Desporto, através da lei n.° 8.731.

Alguns municípios se destacavam pelo o número de estudantes que conseguiam frequentar esta instituição de ensino, entretanto a maior legião pertencia a Cedro de São João/SE, provavelmente por possuir na época um bom ensino básico. Dos que foram para lá estudar, muitos conseguiram bons empregos ou cursaram nível superior em diversas áreas dada a qualidade do ensino e a disciplina. Tenho dito que a minha doce terra é uma dádiva do Colégio Agrícola

*Engenheiro Agrônomo, Advogado e Escritor.

PELO TWITTER                                                                                                                                           

www.twitter.com/jorgearaujo55 Conversando com amigos, desportistas e tabaréus como eu, discutimos esta novidade que os novos treinadores, jogadores e comentaristas de TV inventaram como desculpa para justificar os gols sofridos. É a história do gol de “BOLA PARADA”. Se a bola estava parada como saiu o gol… Pura balela. O gol sai ou pela competência do atacante ou pela falha da defesa.

www.twitter.com/ISMARVIANA “É tal a corrupção que causa nos bens a companhia e mistura dos males, que o bem misturado com o mal se converte totalmente em mal, e perde todo o ser que tinha de bem”

www.twitter.com/ayres_britto TALIÃO
O presente não se liga                                                   
em quem não se liga nele.
Despluga.
Dá as costas a quem lhe dá as costas,
Fiel seguidor que é da Lei de Talião.

www.twitter.com/blogdopannunzio O uso irresponsável do voto produz suas primeiras consequências nefastas. A destruição começou pelas áreas mais sensíveis: assistência social (aposentados), meio-ambiente e, principalmente, educação. Vai ser duro para a sociedade reconstruir o que este governo está destruindo.

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Frase do Dia
“Esses princípios da natureza humana, dirão vocês, são contraditórios. Mas o que o homem senão um amontoado de contradições!” David Hume.

Descaso da rede McDonald`s com Sergipe e o Brasil. A foto é da fachada do restaurante McDonald`s no principal cartão postal de Sergipe: a Orla da praia de Atalaia. As bandeiras do Brasil e de Sergipe estão estraçalhadas. Uma vergonha para uma rede internacional!

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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