O Parque da Sementeira se transformou em um palco em defesa da vida e tem atraído um expressivo número de pessoas para as mais variadas atividades que estão ocorrendo naquele espaço público mantido pela Prefeitura de Aracaju. O parque está em festa neste sábado, associada a práticas saudáveis que estão ocorrendo neste sábado, 21, e com uma especial atenção para a conscientização das pessoas sobre a importância de doação de órgãos.
O coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Fernandez, comemora o engajamento da comunidade e destaca que um dos maiores problemas que afeta a saúde dos sergipanos está relacionado a doenças renais. Segundo a estatística da Central de Transplante, em Sergipe há uma lista de cerca de 1,3 mil pacientes realizando alguma modalidade de diálise. E o que se preconiza, conforme destaca Benito Fernandez, é que cerca de 40% ou até mesmo 50% desses pacientes estejam inscritos para o transplante renal, uma modalidade que deixou de ser atendida em Sergipe.
O transporte de córnea é o único serviço disponível em Sergipe. Para esses casos, há 218 pacientes aguardando uma córnea. “E nós enterramos córneas diariamente”, enaltece Benito Fernandez, fazendo referência à resistência das famílias em doar órgãos dos entes queridos que morrem. Segundo o coordenador da Central de Transplante, cerca de 78% das famílias de potenciais doares resistem e negam o transplante de órgãos nos casos em que há morte de entes queridos. Tudo, conforme frisou, por falta de conscientização das pessoas para a importância da doação de órgãos.
O coordenador lamenta que os transplantes deixaram de ser realizados em Sergipe, mas está otimista com a possibilidade do Hospital Universitário voltar a realizar o serviço a partir de autorização do Ministério da Saúde. “Conseguimos tutoria do Ministério da Saúde para que o Hospital Universitário possa começar a se preparar para o transplante renal e, com fé em Deus, no início de 2020 estaremos realizando o transplante renal em Sergipe”, observou.
Conscientização
Aproveitando a oportunidade, a Business and Professional Women (BPW), entidade não governamental que aglutina mulheres empreendedoras e tem representatividade em mais de 100 países, também está engajada nessa campanha a partir do Projeto Doando Vidas, que ocorre em paralelo em todo Brasil. “É um projeto tem como objetivo cadastrar doadores de órgãos, tecido, leite materno para que a própria comunidade possa utilizar esses benefícios”, destacou a presidente da entidade em Aracaju, Rosiney Souza.
As primeiras ações ocorridas pela manhã deixaram um saldo satisfatório. “A gente já pode perceber que a comunidade aderiu intensamente e está agregando mais, independente de ser mulher ou ser homem”, diz. “E esse é o nosso principal objetivo aqui hoje: fazer com que a humanidade perceba e se conscientize da importância da doação de órgãos”, observa.
As atividades começaram pela manhã e prosseguem à tarde com a 1a Corrida pela doação de órgãos”, organizada pela Central de Transplante do Estado de Sergipe.
por Cassia Santana
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