Mais de 40 peças de artes advindas de diversos países da África estarão em exposição pela primeira vez em Sergipe na Mostra “A África Lúdica”, na galeria de arte da Escola do Legislativo Deputado João de Seixas Dória, a partir desta sexta-feira, 4. A ideia é mostrar através dos saberes artísticos a identidade africana presente no estado, a partir da história contada no continente vizinho.
Os objetos artísticos como tecidos e joalherias africanas, quadros, máscaras e totens (estatuetas), livros e dicionários são de São Tomé e Príncipe, Egito, Angola, Congo e Nigéria, entre outros países. Algumas peças também são de Mestre Didi, de Salvador e do próprio curador da exposição, Antônio Montenegro, artista plástico.
Mestre Didi (1917-2013) é Deoscóredes Maximiliano dos Santos, foi um escritor, artista plástico e sacerdote afro-brasileiro. Suas obras tem uma temática que fala do extraordinário universo da África mítica, onde os deuses estão na terra e por isso suas esculturas são totêmicas, saem do chão para alcançar o infinito.
“Esta exposição foi muito pedida aqui em Sergipe, desde minha visita no ano passado. Acabei de chegar da Angola e trouxe mais peças novas que não estão catalogadas e que estarão na galeria. A minha intenção é devolver a identidade africana para a população sergipana através da arte”, afirma Montenegro.
A exposição acontece em parceria com o Museu e Biblioteca de Etnologia Odé Gbomi, do Rio de Janeiro, que mantém o acervo pessoal de mais de mil peças de Montenegro em exposição para visitação permanente.
Para o curador da Mostra, a África através da arte resgata a verdade sobre o povo africano que é desconhecida por grande parte dos brasileiros. “Não é uma África com sofrimento. É uma África mostrando arte, o que está por trás dos quadros, dos artistas, como uma forma de contar sobrevivência, de contar história. Então, é algo que mexe com o inconsciente através do olhar”, explica Montenegro.
A peça mais antiga da exposição é um vaso Kudu, da região de Oyó, na Nigéria e tem três mil anos, advinda da cultura Ashanti, do grupo étnico Yorubá. Se trata de uma peça de uma família real, pertencente ao Rei de Oyó. Serve para guardar ouro e pedras preciosas. E só uma família real pode possui este tipo de artefato, que representa a realeza e o seu poder de governo na tribo.
As visitações a galeria de artes pode ser feita até o dia 4 de novembro, na Escola do Legislativo que fica no Palácio Fausto Cardoso.
Fonte: Alese
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