Mesmo com salários atrasados, professores de Pirambu acabam greve

A docente Dôra Auxiliadora explica que a administração municipal tem até o mês de dezembro para pagar o décimo terceiro (Foto: Dôra Auxiliadora/ Sintese)

Após uma assembleia realizada durante a tarde desta terça-feira, 05, na sede do Clubinho da Tartaruga, em Pirambu,  professores do município decidiram pela descontinuidade da greve da categoria que durava uma semana. Segundo a professora Maria Auxiliadora Santana, coordenadora de Bases Municipais da Subsede do Vale do Cotinguiba do Sindicato dos Professores do Estado de Sergipe (Sintese), embora os salários dos meses de setembro e outubro ainda não tenham sido pagos, a categoria irá aguardar uma proposta que atenda os anseios dos docentes e que sane os atrasos de salários. A administração municipal, por sua vez, questionou a legalidade da greve e informou que os salários referentes ao mês de setembro serão pagos até esta sexta-feira, 08. Em relação aos salários do mês de outubro, a Prefeitura informa que ainda não estão vencidos.

A docente Maria Auxiliadora explica que a administração municipal tem até o mês de dezembro para pagar o décimo terceiro. No entanto, durante o ano os professores recebiam cerca de 85% do valor no mês correspondente ao aniversário do professor. “Esse ano ele [ o prefeito Élio Martins] não cumpriu”, afirma Maria. Ainda segundo ela, há em aberto também a falta do recebimento de 1/6 das férias”, lamenta.

Legalidade da greve

Segundo a Prefeitura de Pirambu, o Sintese não cumpriu os requisitos legais para a deflagração da greve. “O Tribunal de Justiça de Sergipe divulgou na última quinta-feira, 31, a decisão onde declara ilegal a greve e paralisação que fora deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da REDE Oficial do Estado de Sergipe – SINTESE, no dia 29 de outubro de 2019”, afirma o administração municipal.

Ainda segundo o órgão, com o intuito de entrar em acordo com a categoria, o município realizou diversas reuniões onde foram ouvidas todas as alegações da classe, ao mesmo tempo que firmou o compromisso de analisar e sanar os impasses que fossem constatados. “Para atender ao pleito do Sintese, o município dispensou de esforços, realizando revisões na folha de pagamento, rescisões de contratos, retiradas de gratificações discricionárias, entre outras adequações.”, destaca.

Salários atrasados

A Prefeitura explica que criou uma comissão de estudo sobre inconsistências salarias na folha de pagamento do professores com representantes do Sintese e representantes da prefeitura e que itens foram reavaliados e cumpridos conforme detectados pela comissão de analise. “Mas chegamos ao entendimento de que o recurso do Fundeb ainda é insuficiente para pagar os professores de Pirambu, onde a folha ultrapassa 1 milhão de reais e o município ainda complementa com um total que chega há quase 300 mil”, pontua. “A administração salienta que caso não haja uma revisão dos salários do magistério, essa situação jamais será resolvida. Quanto às economias que estão sendo feitas com as adequações e reestruturação da educação, todas as economias serão repassadas para pagamento de professores”, acrescenta a Prefeitura.

por João Paulo Schneider 

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